A fotógrafa Paola Paredes visitou algumas "clínicas de cura da homossexualidade" no Equador e decidiu retratar o que viu por lá

Paola Paredes A fotógrafa Paola Paredes visitou algumas “clínicas de cura da homossexualidade” no Equador e decidiu retratar o que viu por lá

No Brasil, a homossexualidade era oficialmente considerada uma doença até 1990. Apesar disso, muitas coisas ainda fomentam a homofobia e agressões a comunidade LGBT, como as inúmeras clínicas, legais e ilegais, espalhadas pelo mundo que prometem “curar essa condição”.

Pensando nisso, a fotógrafa Paola Paredes visitou algumas “clínicas de cura da homossexualidade” no Equador. Como é impossível entra com uma câmera nesses lugares, ela decidiu retratar todo o absurdo que viu em um ensaio forte e impactante, para que todos saibam os crimes por lá cometidos.

“No Equador, aproximadamente, existem 200 clínicas para “curar” homens e mulheres homossexuais e transexuais. Infelizmente, a maioria desses centros permanecem funcionando porque eles são disfarçados de clínicas de tratamentos para alcoólatras e viciados em drogas. Internados contra sua vontade, essas pessoas são submetidos a tortura física e psicológica, incluindo surras, alimentação forçada e o que chamam de ‘estupro corretivo”, conta Paola em seu site oficial.

A fotógrafa Paola Paredes visitou algumas "clínicas de cura da homossexualidade" no Equador e decidiu retratar o que viu por lá

Paola Paredes A fotógrafa Paola Paredes visitou algumas “clínicas de cura da homossexualidade” no Equador e decidiu retratar o que viu por lá

A fotógrafa equatoriana passou seis meses entrevistando mulheres que foram trancadas nessas clínicas por meses. “Com o tempo, eu consegui entrar nelas. A proibição de câmeras fez com que fosse impossível contar essa história como um documentário. Se a minha família não tivesse me aceitado quando eu resolvi assumir o que eu sempre fui, talvez eu tivesse me juntado a esses jovens homens e mulheres nessas instituições”, relatou.

​Paola Paredes é a protagonistas nas fotos que contam o que as pessoas dessas clínicas vivem. “Incorporei minhas próprias emoções e experiências com métodos teatrais, para poder explorar o abuso que as mulheres sofrem nessas instituições, pensando sempre nos relatos das que entrevistei”, disse.

A fotógrafa afirma que quer que as imagens mostrem o que nós não queremos ver. “A perversão dos medicamentos e livros religiosos, o regime forçado da feminilidade – maquiagem, saias e saltos altos -, tortura e o espectro do estupro corretivo”, afirma. Para saber mais sobre o projeto de Paola Paredes, clique aqui.

Confira as fotos aqui:

Fotógrafa retrata clínicas de "cura gay" no Equador

A fotógrafa Paola Paredes visitou algumas
A fotógrafa Paola Paredes visitou algumas "clínicas de cura da homossexualidade" no Equador e decidiu retratar o que viu por lá
Créditos: Paola Paredes

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Fotógrafa faz ensaio para retratar o que acontece em clínica de "cura gay"