Campanha quer acabar com impunidade do assédio sexual nas ruas

Reprodução Campanha quer acabar com impunidade do assédio sexual nas ruas

Em vielas escuras, terrenos baldios, albergues, carros particulares do Uber e, agora, ônibus, trens ou qualquer outro tipo de transporte público. Não há, repito, não há um único lugar seguro, no país e no mundo, para quem é mulher.

Na quarta-feira, 30, um homem que já foi preso por estupro em flagrante três vezes, além de colecionar 12 denúncias de assédio sexual, em São Paulo, foi solto pela justiça.

Dessa vez, o agressor ejaculou no pescoço de uma mulher que estava dormindo no ônibus, na altura da Alameda Joaquim Eugênio de Lima.

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o juiz responsável pelo caso “não entendeu” que era necessária a manutenção da prisão, nem que a vítima havia sido, de fato, constrangida ou violentada sexualmente pelo ato do homem.

Em junho, quando o mesmo agressor foi acusado de encostar o pênis no ombro de uma jovem, em um ônibus na Avenida Paulista, o delegado responsável pelo BO da vítima destacou: “ele não vai parar”.

O histórico, no entanto, não parece grave ao juiz responsável pela liberação do homem. Em repúdio à decisão oficial do TJ, diretoras de arte e criação de São Paulo resolveram criar pôsters para incentivar a denúncia e punição dos casos de assédio sexual no transporte público.

A campanha #MeuCorpoNãoÉPúblico já está no ar. Basta acessar o site, clicando aqui, e imprimir os cartazes.

Participe, denuncie, grite e, se for preciso, quebre o pau. Não dê passagem para o assédio.


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Em caso de abuso, quebre o pau: mulheres lançam pôsteres contra assédio sexual