Em tempos de guerra entre a comunidade LGBT – lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros – e os setores conservadores da sociedade brasileira (representados basicamente pelos políticos evangélicos e / ou homofóbicos, alguns deles defendendo até o estupro), surgem novos projetos artísticos que protestam contra a homofobia.

Em São Paulo, está em cartaz em temporada relâmpago o espetáculo Meninos Também Amam – Um Poema / Manifesto Cênico, ou Uma Balada Homoerótica Afetiva, da Inacabada Cia. Inspirado em um poema do ator e diretor Rafael Guerche – que dirige a montagem, além de assinar a dramaturgia cênica -, o espetáculo é um libelo contra a violência.

“A companhia pretende compartilhar com o público esse manifesto contra todo e qualquer tipo de ódio homofóbico”, diz Guerche. “Queremos falar do amor masculino, do amor entre meninos e do quanto isso é absolutamente natural e justo”.

A temporada é uma pré-estreia – o projeto deve voltar mais desenvolvido em 2015. Misturando artes visuais, dança, teatro e performance, a peça traz cinco atores e dois bailarinos – nus na maior parte do tempo -, que usam o corpo masculino desnudo como “suporte e manifesto cênico, corpo este que é sempre alvo de retaliação nos casos de violência aos homossexuais”.

A montagem tem apresentações no sábado (20) e no domingo (21), às 20h30 e 19h30, respectivamente, na SP Escola de Teatro, na Praça Roosevelt.

Meninos Também Amam - Um Poema Manifesto Cênico

Cenas de Meninos Também Amam - Um Poema Manifesto Cênico / Uma Balada Homoerótica Afetiva
Cenas de Meninos Também Amam - Um Poema Manifesto Cênico / Uma Balada Homoerótica Afetiva
Créditos: Divulgação

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Com nudez e erotismo, peça protesta contra homofobia em SP