Na Sibéria, região isolada e remota da Rússia, um negócio lucrativo – e ilegal! – está tomando forma. E o fotógrafo Amos Chapple, da Radio Free Europe, resolveu acompanhar de perto o mundo dos mineradores russos, também conhecidos como “caçadores”, que buscam presas e outros restos mortais dos extintos mamutes, buscando vendê-los no mercado negro. As imagens captadas por Chapple mostra um ciclo de labuta, desespero e consequências ambientais sérias.

Os Mamutes-lanosos, porte aproximado ao elefante-africano, viveram na Sibéria a cerca de 400 mil anos atrás. A área que agora experiencia de gelo permanente durante todo o ano, tem uma espessa camada de gelo sob o solo, que ajudou a preservar os esqueletos de mamute por muito tempo.

O fotógrafo Amos Chapple, da Radio Free Europe, resolveu acompanhar de perto o mundo dos mineradores russos, também conhecidos como "caçadores", que buscam presas e outros restos mortais dos extintos mamutes, buscando vendê-los no mercado negro

Reprodução/Amos Chappel O fotógrafo Amos Chapple, da Radio Free Europe, resolveu acompanhar de perto o mundo dos mineradores russo que buscam presas e outros restos mortais dos extintos mamutes

Querendo encontrar e “capturar” esses tesouros escondidos, os caçadores de presas de mamutes precisam explodir terrenos, perfurar o gelo e bombear água de rios para chegar aonde querem, o que pode levar meses a fio.

É um trabalho perigoso, ilegal e em que se gasta um alto dinheiro. Porém, a venda de uma presa para compradores chineses chega a US$ 35 mil (R$ 115 mil), o que faz valer o risco para pessoas que vem de diversas cidades em que ganham uma média salarial de US$ 500 (R$ 1,6 mil) mensais. Durante a caçada, eles também buscam esqueletos e presas de outros animais que possam ser igualmente valiosas, de animais também extintos, como os rinocerontes-lanudos.

Nem tudo é glória e dinheiro. Esses homens deixam para trás suas famílias e enfrentam terrenos acidentados, hordas de mosquistos, doenças, constante medo de serem capturados pela polícia e acabarem na cadeia. Para conseguirem lidar com essa provação, consomem litros de vodka e cerveja, o que causa brigas frequentes entre os mineradores.

O fotógrafo Amos Chapple, da Radio Free Europe, resolveu acompanhar de perto o mundo dos mineradores russos, também conhecidos como "caçadores", que buscam presas e outros restos mortais dos extintos mamutes, buscando vendê-los no mercado negro

Reprodução/Amos Chappel O fotógrafo Amos Chapple, da Radio Free Europe, resolveu acompanhar de perto o mundo dos mineradores russos que buscam presas e outros restos mortais dos extintos mamutes

 

E, talvez o pior de tudo nessa história, seja o que esse trabalho toma do meio ambiente, como o escoamento de água congelada, levando a cheia de rios próximos, além da poluição dramática e níveis de lodo crescendo em toda parte.

Para quem se interessar, há um artigo completo escrito por Amos Chapple no RFE article. Confira algumas fotos na galeria:

A ilegal saga dos caçadores de presas de mamutes

O fotógrafo Amos Chapple, da Radio Free Europe, resolveu acompanhar de perto o mundo dos mineradores russos, também conhecidos como
O fotógrafo Amos Chapple, da Radio Free Europe, resolveu acompanhar de perto o mundo dos mineradores russos, também conhecidos como "caçadores", que buscam presas e outros restos mortais dos extintos mamutes, buscando vendê-los no mercado negro
Créditos: Reprodução/Amos Chappel

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Fotógrafo acompanha a ilegal saga dos caçadores de presas de mamutes na Sibéria