A alta gastronomia vista como um mundo cercado de glamour, com pratos caríssimos e chefs famosos e cobiçados. Conversamos com Heraldo Pimentel, que é formado em gastronomia e trabalha na área há alguns anos. Ele deu dicas pra quem está pensando em ingressar na área e nos contou que esse glamour todo nem sempre é real.

Como surgiu o seu interesse pela sua profissão?
Comecei a me interessar por curiosidade, pois não conhecia muito bem esse universo. Depois que entrei no curso percebi que a realidade é bem distante do que se mostra na mídia televisiva ou escrita. Na época eu cursava Psicologia e resolvi mudar pra Gastronomia.

Como você se preparou para exercê-la?
Fiz o curso superior de Gastronomia no Senac Águas de São Pedro, foi lá que tive meu primeiro contato real com a cozinha profissional.

Como você entrou no mercado?
Meu primeiro trabalho foi como estagiário em um restaurante em São Paulo.

Que dicas você daria pra quem quer seguir a mesma profissão?
A cozinha profissional não é para qualquer um, pois não é um emprego regular. A carga de trabalho é muito grande e demanda esforço físico e mental. Por isso quem quer entrar nesse universo deve estar ciente que abrirá mão de muitos feriados, finais de semana, festas de fim de ano, baladas. Além de ganhar muito pouco. Enfim: não existe glamour pra quem realmente cozinha e está no dia a dia do negócio.

Quais as coisas mais legais e as mais chatas com as quais alguém tem que lidar na sua profissão?
As coisas legais e chatas se separam as vezes por alguns segundos. Posso soltar um prato ruim e depois soltar um prato perfeito na sequência. Minha profissão possibilita viajar e ser empregado em qualquer parte do mundo, porém o dia a dia é extremamente estressante e geralmente o único tempo que sobra fora da cozinha eu uso pra dormir.


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Heraldo Pimentel conta como é trabalhar com gastronomia