Segundo João, o filme é totalmente verídico. “Alguns detalhes mínimos foram modificados, mas nada de importante”, lembra. A cena em que João – interpretado por Selton Mello – e sua namorada são parados pela polícia, por exemplo, ocorreu em um trem, e não em uma limusine, como retrata o filme. “São coisas pequenas, que não mudam a história”, afirma.

A história do traficante João Estrella teve fim em agosto de 1995. “Eu e um amigo íamos levar 40 gramas de cocaína para a Europa, quando a polícia invadiu o apartamento dele e nos prendeu”, conta. Na prisão, João logo percebeu que havia sido delatado por um parceiro.

“Cheguei lá e os policiais só me chamavam de Johnny pra lá, Johnny pra cá… O que eles não sabiam é que apenas um cara me chamava assim, não era um apelido comum. Foi aí que descobri quem havia me denunciado”, lembra. A história não foi das mais felizes, mas pelo menos resultou no nome do filme – que também foi cogitado para ser título do livro.

Hoje, a vida de João Estrella como traficante de drogas ficou pra trás. “Muita coisa mudou na minha vida, principalmente depois do filme. Agora só quero investir na minha carreira como cantor e tocar meus projetos como produtor”, conclui. E deixa seu recado: “É engano pensar que os jovens entram nesse mundo apenas pelo dinheiro. Muitos só estão em busca de aventura, festas e curtição, e as pessoas não vêem isso. Eu era assim, mas esse momento da minha vida passou”.

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