O Conselho de Ética da Câmara instalou nesta quarta-feira (15) um processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), acusado de violar o decoro parlamentar por distribuir panfletos considerados homofóbicos durante um debate sobre a criminalização da discriminação contra homossexuais.

Os panfletos acusavam o governo de querer “transformar crianças em homossexuais” com a distribuição de material educativo contra a homofobia nas escolas – projeto que foi abandonado pela presidente Dilma Rousseff em virtude da oposição da igreja e grupos conservadores.

Por conta do episódio, Bolsonaro protagonizou uma acalorada discussão com a senadora Marinor Brito, do PSOL, nos corredores do Senado diante das câmeras de televisão.

O PSOL promoveu a abertura do processo disciplinar no Conselho de Ética pelas ofensas que Bolsonaro supostamente proferiu contra a senadora e por seus “pronunciamentos agressivos” contra os projetos de criminalização da homofobia.

O processo também acusa Bolsonaro de racismo, por uma declaração no programa de televisão humorístico “CQC”, quando disse que não falaria de “promiscuidade” quando perguntado sobre como reagiria se um filho seu tivesse uma namorada negra.

Após a repercussão negativa, o deputado alegou que não tinha entendido bem a pergunta e negou que seja racista.

O Conselho de Ética da Câmara analisará o caso de forma preliminar para estudar se abre uma investigação que poderia terminar com a cassação do deputado.


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Câmara dos Deputados abre processo disciplinar contra Jair Bolsonaro