(Da redação) – Enquanto o nome Eloá ainda ecoa pela mídia, Adriano Giovanini se concentra em outros casos. No último domingo (19), antes mesmo de saber que a menina que tentou salvar tinha tido a morte cerebral constatada, o negociador do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM, já estava em Itapecerica da Serra, impedindo que um rapaz de 23 anos matasse a mulher.

Giovanini foi quem tentou convencer Lindemberg Alves Fernandes a libertar Elóa Cristina e Nayara, sem sucesso. Depois de passar uma semana no local do seqüestro, sem sequer ver a mulher e as filhas gêmeas de cinco meses, o policial chorou ao saber que as jovens haviam sido baleadas durante a invasão ao apartamento. Mas só foi informado que Eloá havia morrido no domingo, quando foi acordado às pressas para atender ao chamado de Itapecerica.

No Gate desde 1995 e comandante de negociações há dois anos – quando chegou à patente de capitão –, tinha apenas uma vítima fatal em seu histórico até o caso em Santo André, uma mulher assassinada 30 horas após ser feita refém por seu suposto amante, que se suicidou em seguida. Em compensação, apenas em 2008 já participou da liberação de 18 reféns.

Na segunda-feira, ao ser chamado para conduzir as negociações com Lindemberg, o comandante passava as primeiras horas com a família, depois de 45 dias em El Salvador, em um curso de gerenciamento policial. Ele é coordenador do curso de bombas da Força Nacional de Segurança e está na PM desde os 15 anos, quando iniciou o colegial da Academia do Barro Branco.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Giovanini diz que sabe que a atuação do Gate vem sendo alvo de críticas, mas que isso faz parte de seu trabalho. “Mas acho importante que as críticas tenham base. Não aceito críticas de pessoas que, com poucas informações sobre o caso, já rotulam. Opinião todo mundo tem que ter, mas é importante ter base para falar", ressalta.

(com informações da Folha de S. Paulo)

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Caso Eloá: Gate já liberou 18 reféns este ano