Diretora Rogéria Sprone fala da importância da escola e a família conversarem com as crianças sobre guerras, conflitos e atualidades

Por Rogéria Sprone, diretora pedagógica do Colégio Joseense

É dever das famílias conversar sobre atualidades, guerras e conflitos com as crianças e os adolescentes – principalmente com os pequenos. As crianças e os jovens têm fácil acesso à informação, e precisamos tomar cuidado para que eles não sejam impactados com informações falsas e perigosas.

Os pais ou responsáveis devem conversar com as crianças e os adolescentes sobre temas polêmicos e que impactam o Brasil e o mundo, devem contar a história real do fato e mostrar porque aquele fato está acontecendo.

As famílias podem usar o tema guerra, por exemplo, durante as conversas também para falar sobre valores, princípios e visão de mundo.

De acordo com a faixa etária da criança, deve ser usado um tipo de abordagem e linguagem. Por exemplo, para as crianças menores, explicar de uma maneira mais lúdica e leve.

O diálogo é fundamental, pois cria cidadãos conscientes e estreita os laços entre os familiares. O YouTube, por exemplo, tem inúmeros canais conceituados que abordam sobre o tema de maneira clara e correta. Usar mapas é uma opção didática e visual. Outra dica muito valiosa é construir com a criança uma linha do tempo com os fatos que antecederam a guerra.

O excesso ou exagero é sempre um problema em relação a qualquer assunto. As famílias devem impor limites e monitorar sempre o que a criança está vendo na televisão ou na internet.

Aqui no Colégio Joseense a gente sempre trabalha com temas atuais em todos os ciclos. Criamos rodas de conversas, debates e outras ações dinâmicas em sala para que assuntos do cotidiano sejam debatidos. As crianças trazem temas ou dúvidas que gostaram de conversar e usamos esse gancho para as aulas e também para trabalhar a interdisciplinaridade.

É muito importante que a escola e a família caminhem juntos, é essencial para a formação e desenvolvimento das crianças e dos jovens. Estamos sempre abertos para sanar as dúvidas dos alunos de maneira individual ou coletiva e as famílias também devem estar prontas para conversar.


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Diretora diz como escola e família devem falar de guerras com crianças