Elas tiveram que deixar suas casas e são suspeitas de terem ligação com o Estado Islâmico

Mulheres iraquianas que tenham suspeita de ligação com o Estado Islâmico, mesmo que essa conexão venha de um familiar, estão passando por uma campanha de violência sexual e exploração em campos de refugiados e desabrigados no país. Segundo informações da Anistia Internacional, casos de estupro ocorrem sem qualquer intervenção do governo. Pesquisadores visitaram oito campos no Iraque e descobriram que a exploração sexual está presente em todos eles. As informações foram publicadas no The Guardian. 

A Anistia Internacional produziu um relatório baseado em entrevistas com 92 mulheres. Milhares delas perderam o marido que foi morto ou está desaparecido, tiveram que deixar suas casas e passaram a viver em campos protegidos por soldados armados. Nos campos, elas são forçadas a praticar sexo em troca de dinheiro, medicamentos e proteção contra outros homens.

Dana, 20 anos, passou por diversas tentativas de estupro e pressão para fazer sexo com um membro da segurança do campo. “Não me sinto confortável na minha tenda. Só queria ter uma porta para trancar e paredes ao meu redor. Toda noite, eu digo para mim mesma, ‘hoje à noite é a noite que eu vou morrer'”, contou Dana.

Estupro: penas brutais para o crime em 10 países

O estuprador é morto com tiro na cabeça. A sentença é aplicada em quatro dias
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Créditos: Reprodução

 


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Estupro e exploração: a vida das mulheres presas em campos no Iraque