Qualidade de vida não é determinada pelas pessoas ao seu redor, o trabalho que você faz ou o destino das férias: você não precisa esperar pelas condições perfeitas

Qualidade de vida não é determinada pelas pessoas ao seu redor, o trabalho que você faz ou o destino das férias: você não precisa esperar pelas condições perfeitas

Esse ano vai ser diferente! Quem nunca teve esse pensamento nas primeiras horas do novo ano? É comum isso acontecer uma, duas ou quase todas as vezes em que estamos admirando os fogos de artifício e desejando aos amigos e familiares muita paz, saúde, dinheiro e sucesso. Mas o passar dos meses costuma mostrar que não muita coisa mudou. A mesmice, porém, não precisa ser um filme de tragédia, de acordo com o especialista em desenvolvimento pessoal Paul Hannam, e é por essa razão que ele escreveu um livro para ajudar as pessoas a saborearem melhor o “arroz com feijão”.

Inspirado no filme dos anos 1990 Feitiço do Tempo – que conta a história de um homem do tempo frustrado sobre seu emprego na TV -, o livro The Wisdom of Groundhog Day é um guia contra o estilo de vida maçante trabalhar-dormir-trabalhar. A obra não critica a rotina, mas defende a importância de amar o fato de estar preso a ela. “Esqueça as grandes mudanças, são as pequenas coisas que trazem alegria”, segundo o autor. O filme, que mostra a mudança na percepção do personagem em relação à vida, já começou a ser usado por médicos para tratar pacientes com depressão, disse o autor, e o livro chega para agregar.

Livro foi inspirado no filme Feitiço do Tempo, dos anos 1990

Livro foi inspirado no filme Feitiço do Tempo, dos anos 1990

A escolha por ser feliz” é o primeiro passo para ter o sentimento garantido na vida, segundo Hannam. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, ele contou que as pessoas vivem rigidamente presas a rotinas de longas jornadas de trabalho, buscando um objetivo diferente a cada momento. A maioria, porém, termina insatisfeita. A dica de Hannam é experimentar inverter a situação: coloque a felicidade como meta principal, antes de dinheiro, poder, status, aprovação, controle e segurança. Ao invés de traçar planos para a próxima semana, mês ou ano, tente planejar o próximo minuto com apenas um propósito: achar algo que te faça feliz naquele momento.

Sabe aquela lista de desejos que você criou para o resto da sua vida? Então, jogue fora! Escreva uma nova com o que você gosta de fazer e te faz feliz, seja relaxar em uma banheira, um abraço apertado, descansar coberta por um edredom fofo, sentir o cheiro de café fresco ou regar o jardim em uma noite de verão. Vai descobrir que não precisa mais de posses, dinheiro ou poder do que dessas pequenas coisas que você já tem. A qualidade de vida no dia-a-dia é mais importante do que passar 30 dias vivendo comendo lagosta e tomando espumante nas férias, certo?

Não, o livro não diz para você largar o emprego e cair no mundo. As contas vão continuar a chegar e não é possível viver sem dinheiro na sociedade atual. O que deve mudar, de acordo com Hannam, é a forma de lidar com a rotina. “Qualidade de vida não é determinada pelas pessoas ao seu redor, o trabalho que você faz ou o destino das férias, você não precisa esperar pelas condições perfeitas”, explicou o autor. O “segredo” para ser feliz, segundo ele, está na mente e no poder de saber enxergar a vida de uma forma mais positiva.

 

 

 

 


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Livro ensina a apreciar o ‘arroz com feijão’ e a ter vida mais feliz