Uma empresa americana projetou uma linha de roupas íntimas contra estupros que está causando muita polêmica. Se trata da AR Wear (as iniciais são para antiestupro em inglês), uma calcinha feita de um tecido altamente resistente a lâminas e tesouras.

A lingerie possui um tipo de cadeado acoplado na barra superior da peça, que não tem chaves, e só pode ser retirada do corpo pela própria usuária mediante um código que deve ser memorizado.

Para Ruth e Yuval, criadores dessa espécie de cinto de castidade moderno, a peça não vai solucionar a questão do estupro no mundo, mas vai servir como uma ferramenta de defesa eficiente para dificultar o crime e dar mais tempo para conseguir ajuda.

O texto de apresentação do projeto diz que a peça transmite ao estuprador a “mensagem clara de que a mulher não está consentindo”. A ideia desagradou e causou muita polêmica principalmente entre as feministas como Louise Pennington, que escreveu um artigo no Huffington Post dizendo que a calcinha antiestupro é apenas mais uma maneira de culpar as mulheres que sofrem abuso, em vez de enfrentar a epidemia de violência masculina.

Com diversos modelos, semelhantes a calcinhas comuns, a linha já arrecadou cerca de US$ 40 mil no site de financiamento coletivo Indiegogo e os primeiros modelos devem estar à venda em agosto deste ano.

Veja abaixo o vídeo promocional da AR Wear:


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Projeto cria calcinhas "antiestupro" e gera polêmica