O restaurante D.O.M., de São Paulo, subiu três posições e terminou em quarto lugar na listas dos 50 melhores restaurantes do mundo da revista britânica “Restaurant”, graças à aposta de seu chef, Alex Atala, pela nova cozinha brasileira sustentável, baseada nos ingredientes da Amazônia.

“É algo incrível, um sonho que nunca tinha imaginado conseguir. Para um brasileiro estar entre os cinco primeiros é uma honra. Além disso, um prêmio assim não só me ajuda, também ajuda a todas as pessoas do Brasil, a sua cultura”, comentou o chef.

Em uma edição sem surpresas, o dinamarquês Noma, do chef René Redzepi, conseguiu se coroar, pelo terceiro ano consecutivo, como o melhor restaurante do mundo, mas as cozinhas espanhola e latino-americana voltaram a demonstrar seu bom momento.

Os espanhóis El Celler de Can Roca e Mugaritz estão novamente na segunda e terceira posições da lista considerada como o “Oscar” da gastronomia. A premiação aconteceu no The Guildhall de Londres, em uma festa que reuniu a elite da alta culinária internacional.

Os organizadores do prêmio, que completa seu 10º aniversário, destacaram “a meticulosa atenção” do restaurante Noma, de Copenhague, que se caracteriza por um uso inovador, emocional e intenso dos produtos nórdicos.

A classificação, que aposta pela inovação e reconhecimento da criatividade, longe dos espartilhos tradicionais, deixou em um lugar de destaque os restaurantes espanhóis, ao colocar três entre os 10 primeiros e cinco entre os 50 melhores do mundo.

O basco Andoni Aduriz, responsável pelo Mugaritz, recebeu o prêmio “Chef Choice”, no qual cozinheiros de todo o mundo votam naquele que consideram o melhor de seus companheiros de profissão. Ele se transformou em referência graças ao estilo pessoal que leva à mesa através de uma técnica refinada com os melhores produtos locais, como as flores.

Já Elena Arzak, do restaurante Arzak, de San Sebastián, obteve o prêmio de melhor chef mulher do mundo.

A boa sequência latino-americana foi confirmada com a presença do peruano Astrid y Gastón (35), e dos mexicanos Pujol México City (36) e Biko (38).

A lista, que é feita desde 2002 e se transformou em referência da alta culinária mundial graças ao amplo grupo de mais de 800 especialistas internacionais que a elaboram, foi dominada durante seis anos pelo catalão Ferrán Adrià, que saiu da classificação em 2011 após anunciar que fechava seu restaurante, El Bulli.

Na edição deste ano, entre os dez primeiros postos, se encontram também o italiano Osteria Francescana (5), os americanos Per Se (6), Alinea (7) e Eleven Madison Park (10), além do britânico Dinner by Heston Blumenthal, que estreia na nona posição.

Blumenthal compensa assim uma queda de seu restaurante estrela, Fat Duck, que após ganhar em 2005 e ficar vários anos em segunda posição acabou no posto 13 de uma lista na qual é a única presença britânica, junto a Brett Graham, do exclusivo The Ledbury.


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Restaurante de Alex Atala é o 4º melhor do mundo, afirma revista "Restaurant"