Estudantes: como o conflito Rússia X Ucrânia pode ser abordado nas escolas

Tema recorrente nos últimos dias, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia tornou-se pauta nos mais diversos grupos. Nas escolas não foi diferente: a crise no Leste Europeu vem trazendo dúvidas e indagações entre os estudantes. O ambiente de aprendizado, especialmente as aulas de história, geografia e ciências, também foi tomado pelas dúvidas dos alunos sobre os acontecimentos atuais.

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Diante de tantas informações, como os professores podem contribuir e auxiliar os alunos na busca de fontes confiáveis?. “Acredito que o papel da escola é de mostrar a complexidade dos processos históricos, não se trata de simplesmente escolher um lado do conflito, mas compreender quais são os interesses envolvidos nos dois, ou múltiplos lados, que estão presentes em uma guerra”, revela Carlos Gregório dos Santos Gianelli, doutor em História e professor do Marista Escola Social Lucia Mayvorne, em Florianópolis (SC).

Compreender e debater

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Os contextos históricos que envolvem conflitos podem durar períodos mais longos ou mais curtos e impactam diretamente nos dias atuais. Mais do que estudar para as provas, vestibulares e concursos, Gianelli acredita que o debate e a reflexão sobre o tema proporcionam conhecimentos para toda a vida. “Desde o momento político denominado Guerra Fria, passando pela criação da OTAN, até a tensão militar de mais de 20 anos, assim como os acontecimentos de de Euromaidan, ocorridos entre 2013 e 2014. É importante que os alunos entendam os fatores históricos, mais do que decorar datas, e saber que isso está acontecendo sempre, na frente dos nossos olhos”, reforça.

Para procurar entender e buscar informações confiáveis, o professor dá dicas de mídias sobre o tema e como os estudantes podem buscar orientações.

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Reflexão e dúvida na sala de aula
A escola tem um papel fundamental no aprendizado, já que ali os alunos se encontram diariamente com professores de diversas disciplinas. Gianetti alerta que todas as dúvidas devem ser levantadas. “Não existe pergunta certa ou errada na escola, ali é espaço de aprendizado, e mesmo que não tenhamos todas as respostas, só o debate por si só gera um tremendo conhecimento”.

Procure ouvir especialistas
A dica aqui é buscar informações que sejam produzidas por especialistas no tema. Cientistas políticos, historiadores, sociólogos e assim por diante. Como a maioria deles já está por dentro das questões dos conflitos, é bom ouvir os fatos direto de quem está produzindo e informando sobre o tema.

Busque veículos confiáveis
Em um período em que a informação está ao alcance de todos, é importante tomar cuidado para não cair em perfis com caráter muito simplificado ou manchetes tendenciosas. “Sempre é bom buscarmos os veículos de credibilidade na mídia, que possuem apuração completa, informações de autoridades mundiais, assim os fatos chegam de forma correta para quem está recebendo”, orienta o professor.

Outros formatos e mídias
A internet proporciona diversas ferramentas e maior alcance na disponibilização. É o caso de muitos podcasts que fazem um bom trabalho de apuração, verificação e convidam especialistas sobre este tema. Assim como muitos historiadores em páginas e vídeos no YouTube. O debate e as opiniões divergentes enriquecem o tema.

Não busque respostas rápidas
Ainda é muito cedo para afirmar quais serão as consequências, lados opostos e aliados. “É claro que existem diferentes níveis de impacto no mercado internacional, na economia, preços e valores, porém busque sempre ouvir ambos os lados, e claro, fique de olho sempre no caráter humanitário e no bem estar da população”, finaliza.

Escola incentiva reciclagem

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