O russo Andrey Arshavin relatou, em entrevista ao jornal
britânico Daily Mail divulgada nessa sexta-feira (28), que sentiu que estava à beira
da depressão por ter passado seus últimos meses de Arsenal no banco de
reservas.

O meia-atacante não foi muito utilizado pelo técnico Arsène Wenger
e recentemente acertou seu retorno ao Zenit São Petersburgo, clube em que
despontou para o futebol internacional.

Segundo a publicação, Arshavin jogou apenas 80 minutos em
toda a temporada 2012/2013 pelos Gunners e, segundo o próprio, isso causou alguns
efeitos psicológicos indesejáveis a ele.

“O fato é que eu não queria ficar na Inglaterra, isso estava
claro desde janeiro. Não me arrependo de nada, mas eu tinha que sair. Foi uma
punição ter que ficar no banco e treinar mesmo sabendo que não iria jogar – é psicologicamente
difícil. Eu quase sofri de depressão, mas não cheguei a isso porque sou mentalmente
forte. A monotonia da vida naquela época estava acabando comigo”, disse o
atleta de 32 anos, que tem um salário mensal de cerca de R$ 1,1 milhão.

Ao mesmo tempo da saída de Arshavin, o clube confirmou que
Squillaci e Denílson também não retornariam ao clube. Mas, ao contrário dos
dois citados, ele já foi considerado um jogador-chave para o elenco.

Em 2009, após uma derrota para o Sunderland, o russo perdeu
espaço no time no qual vinha sendo titular. À época, Wenger creditou o baixo
rendimento do atleta à não classificação da Rússia para a Copa do Mundo da
África do Sul.

“Andrey está muito triste”, disse o francês em 2009. “Ele
voltou da seleção russa muito triste e é essa a razão principal pela qual não o
colocamos para jogar desde o início contra o Sunderland. Você quer que jogadores
estejam 100% focados e que joguem um jogo como se fosse uma questão de vida ou
morte. Isso é impossível de se conseguir se você não vence. Se você se importa,
você se entristece”.

Arshavin voltou ao Zenit sem custo nenhum para os
petersburgueses, já que foi liberado pelo Arsenal, e assinou contrato de dois
anos.

“Estou muito feliz por essa volta. Estou feliz em retornar à
cidade e vestir a camisa do Zenit”, contou, garantindo que seu psicológico melhor.


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Esquecido no Arsenal, Arshavin revela que ficou à beira da depressão por ficar no banco de reservas