Vivendo um de seus piores momentos no Campeonato Brasileiro, em que acumula 6 vitórias, 7 empates  e 9 derrotas, ocupando apenas a 16ª posição com 25 pontos, a Portuguesa poderia desfrutar de uma situação melhor, ou pelo menos diferente da atual, se boa parte de suas negociações dessem certo. Poderia, se não fossem os fracassos ou vetos – que chegam a 17 jogadores – nas negociações de reforços no planejamento para a temporada atual, iniciado no fim de 2012.

Contratado no dia 18 de abril do ano passado, pouco menos de uma após a Lusa ser rebaixada para a Série A2 do Campeonato Paulista, Candinho chegou ao clube onde é ídolo com uma função diferente: ser o gerente e responsável direto pela reorganização do departamento de futebol. Desta forma, cerca de 17 jogadores tiveram d

Com erros e acertos em pouco menos de oito meses de trabalho e disputa do Brasileirão, o ex-técnico ajudou a Portuguesa, que contou com belas exibições de Luis Ricardo, Souza e Dida, a se manter na elite do futebol nacional em 2013.

Como no ano seguinte a disputa da segunda divisão do Paulistão traria um retorno financeiro menor ao clube, alguns cortes nos gastos com o elenco aconteceram. O treinador Geninho deu lugar a Péricles Chamusca, que trouxe alguns atletas de menor expressão.

Porém, mesmo com a redução da folha salarial, dois jogadores que hoje são titulares no time do Palmeiras foram oferecidos à Portuguesa em fevereiro. São eles: Vilson, que foi afastado do Grêmio em Quito, no Equador, após desavenças com o então técnico Vanderlei Luxemburgo, e Leandro, que era visto como uma revelação, mas que era pouco aproveitado por conta do elenco já possuir jogadores de frente com mais experiência.

Ambos os atletas chegariam por empréstimo ao Canindé, mas o veto por parte de Candinho, acatado pela comissão técnica da época, fez com que os jogadores não desembarcassem na Lusa, mas sim no Palestra Itália, alguns meses depois.

Outro jogador do Sul do país que hoje é (mais uma vez!) um dos destaques do Brasileirão e quase desembarcou no Canindé é o meia Paulo Baier. Principal nome do Atlético-PR, o atleta só não trocou o Furacão pela Lusa no início de 2013 pois, quando oferecido, foi visto por alguns dirigentes como “velho demais”. Autor de três gols pela equipe paranaense na edição deste ano do nacional, o meia de 38 anos é uma das peças chaves da arrancada que deixou o time até o momento na quinta posição na tabela, com 35 pontos.

O goleiro Edson Bastos, hoje reserva na Ponte Preta, e o meia Zé Roberto, ídolo da Lusa e que atualmente defende o Grêmio, foram outros dois jogadores oferecidos – o primeiro no início deste ano e o outro em 2012, que passaram pela mesma rejeição de Baier. No caso de Zé Roberto, a questão salarial, que era tratada em segundo plano, também interferiu e ambos os negócios melaram ainda no primeiro semestre de 2013.

Recentemente, por conta do assédio de diversos clubes no lateral-direito Luis Ricardo, a Portuguesa negou diversos jogadores, mas teve recebeu um não de outros atletas. Fabrício, Cortez e João Filipe, todos com contrato com o São Paulo, optaram por não e transferirem para o Canindé. O volante acabou ficando no clube, enquanto que o lateral reforçou o Benfica e o zagueiro se apresentou ao Náutico.

Ademilson, Henrique Miranda e Juan relutaram um pouco, mas chegaram a ser oferecidos pelo tricolor paulista em troca de Luis Ricardo. Porém, desta vez a negativa veio da Portuguesa, que bateu o martelo e exigiu dinheiro, dando assim um ponto final ao negócio.

No Palmeiras a situação foi idêntica. Outro time que gostaria de contar com Luis Ricardo, o alviverde fez de tudo para fechar negócio com a Portuguesa, mas esbarrou nos mesmos problemas do time do Morumbi.

Márcio Araújo, Ayrton, Maurício Ramos e Maikon Leite se recusaram a deixar o Palestra Itália para defender o time do Canindé. Weldinho, terceira opção de Gilson Kleina para a lateral no início do ano, era o único que aceitaria a troca, mas o negócio não vingou e o ex-jogador do Corinthians foi para o Sporting, de Portugual.

O zagueiro Rafael Marques e o atacante Neto Berola, ambos reservas do Atlético-MG, também quase desembarcaram no Canindé. O primeiro era visto como uma solução para a Lusa, mas optou ir para o futebol italiano e acertou com o Verona em agosto. Já Berola, que viria em uma troca com o volante Moisés, preferiu permanecer no Galo, mesmo ficando no banco de reservas.

O último jogador que deixou de ir para a Portuguesa foi o atacante Roger, hoje no Atlético-PR. Um dos destaque do Sport na Série B, o jogador tinha tudo acertado com a Lusa até rescidir seu contrato com o time pernambucano. Bastou uma ligação do presidente do Furacão, Mário Celso Petraglia, para o atleta mudar o rumo do seu voo e desembarcar na Arena da Baixada.

Abaixo a lista completa de atletas que disseram não à Portuguesa ou foram vetados pelo clube:

Goleiros: Edson Bastos
Zagueiros: Maurício Ramos (Palmeiras/China), Vilson (Grêmio/Palmeiras), João Filipe (São Paulo/Náutico), Rafael Marques (Atlético-MG)
Laterais: Juan (São Paulo/Vitória), Ayrton (Palmeiras/Vitória), Cortez (São Paulo/Benfica), Henrique Miranda (São Paulo/Figueirense)
Volantes: Fabrício (São Paulo) e Márcio Araújo (Palmeiras)
Meias: Paulo Baier (Atlético-PR), Zé Roberto (Grêmio)
Atacantes: Neto Berola (Atletico-MG), Ademilson (São Paulo), Maikon Leite (Pameiras/Náutico), Roger (Sport/Atlético-PR)


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De Paulo Baier a Vilson, veja quem disse não à Portuguesa ou foi vetado pelo clube