Cinco vezes campeão europeu, o Bayern de Munique tentará no próximo domingo (22) somente o seu terceiro título mundial. Isso porque das outras quatro vezes que teve a oportunidade, em duas o time não foi sequer disputar a partida.

Com um esquadrão que dominou a Europa no início da década de 1970, os bávaros contavam com as estrelas Sepp Maier, Paul Breitner, Uli Hoeness (hoje presidente do clube), Gerd Müller, Hans-Georg Schwarzenbeck e, a maior delas, Franz Beckenbauer (todos campeões da Copa do Mundo em 1974 com a Alemanha). Juntos, conquistaram a então Copa dos Campeões da Europa em 1974, 1975 e 1976.

Somente no último título continental do time treinado por Dettmar Cramer (foto abaixo) que os alemães foram para a disputa da então Taça Intercontinental, que colocava dois clubes frente a frente e em jogos de ida e volta (se houvesse igualdade, era marcado um terceiro jogo em campo neutro): o campeão da Europa contra o da Libertadores da América. Coincidência ou não, o oponente em 1976 foi o maior rival do Atlético-MG, o Cruzeiro. Vitória em Munique por 2 a 0 e título assegurado em Belo Horizonte após empate por 0 a 0.

Nos dois anos anteriores, o Bayern não havia sequer disputado o então maior título interclubes do mundo. Em 1974, desistiu da disputa, sendo que o vice-campeão europeu, Atlético de Madrid, foi quem encarou o Independiente, da Argentina, e levou a melhor. O Atléti é, até hoje, o único campeão mundial da Europa que não se sagrou vencedor em seu continente.

Já no ano seguinte, não houve consenso na escolha das datas entre os alemães e o campeão da Libertadores, o mesmo Independiente, e o torneio sequer aconteceu.

O quarta coroa europeia vencida pelo Bayern foi em 2001, sendo que a partir de 1980 o Mundial Interclubes passou a ser conhecido como Copa Toyota e disputado em partida única em Tóquio, no Japão. Nesta ocasião, vitória por 1 a 0 em cima do Boca Juniors, com gol na prorrogação do zagueiro ganense Sam Kuffour.

Em 2013, na primeira vez que disputa um Mundial nos moldes modernos (foi neste formato em 2000 e passou a ser a forma oficial a partir de 2005), os alemães não querem saber de perder. Para o técnico Josep Guardiola, ter a oportunidade de jogar este torneio é fruto de muito trabalho.

“É uma competição de muito prestígio. Não é fácil chegar a este torneio e vencê-lo. Acima de tudo, é uma final, e uma final é sempre algo especial. Vencer é tudo. É por isso que nós estamos aqui”, disse o espanhol alguns dias antes do início da competição.


int(1)

Em busca do tri, Bayern já desistiu de disputar Mundial de Clubes; relembre