Em Londres, o Brasil tenta repetir o excelente desempenho da competição em Pequim. Em 2008, o país faturou 47 medalhas no total, sendo 16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze. Essas conquistas colocaram os brasileiros em nono no quadro geral.
No próximo dia 29, os para-atletas começarão a busca por uma medalha de ouro em Londres. Desta vez, a edição dos Jogos Paralímpicos contará com uma novidade para os brasileiros, justamente em seu nome.
Desde novembro de 2011, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) “abandonou” o termo “paraolímpico”. O que pode causar certa estranheza para os olhos e ouvidos dos fãs de esportes é um pedido do Comitê Olímpico Internacional.
“A propriedade do nome olímpico no mundo é do Comitê Olímpico Internacional (COI), portanto, os países não têm o direito de utilizar esse nome, nem o Comitê Paralímpico Internacional. Apenas o Brasil, por questões linguísticas, usava o termo paraolímpico”, disse Mizael Conrado, vice-presidente financeiro da CPB, em entrevista exclusiva ao Virgula Esporte.
“Com advento da conquista do Brasil para organizar os jogos de 2016, acabamos entrando em acordo com o IPC (Comitê Paralímpico Internacional, sigla em inglês), COI e comitê organizador dos Jogos 2016 para adequar o nome que agora passa a ter o mesmo dos demais comitês paralímpicos de todo mundo”, complementou o dirigente.
Apesar de se adaptar ao nome utilizado mundialmente, o vice-presidente admite que essa alteração terá impacto direto na entidade.
“Impacto sempre existe, vamos minimizar o máximo, o nome paraolímpico já vinha se consolidando no Brasil, as pessoas já aprenderam a falar paraolímpico, mas o prejuízo econômico vamos conseguir minimizar. Prejuízo maior é na difusão do nome. Agora, eu acho que é questão de tempo, no médio prazo as pessoas vão se acostumar”, afirmou Conrado.
Para os dirigentes brasileiros, a estreia do termo já nos Jogos deste ano fará com que as pessoas se acostumem a usar a palavra até 2016.
“Vamos ter oportunidade com os Jogos de Londres que devem ser muito vistos no Brasil de criar rapidamente essa identidade da marca paralímpico com os atletas campeões”, completou o vice-presidente.
De acordo com o dirigente, a negociação com patrocinadores e parceiros do CBP não foi dos mais difíceis, pois desde o início, a conversa foi aberta com todos, o que facilitou a aceitação.
