int(1)

Veja fotos de Neymar

O juiz Pablo Ruz aceitou denúncia de apropriação indevida pela contratação de Neymar, admitindo a possibilidade de uma “simulação contratual”, no acerto que o Barcelona concluiu com o Santos no meio do ano passado.

A ação foi movida pela promotoria da Audiência Nacional, afirmando que na documentação apresentada pelo clube catalão, a falta de alguns elementos aponta para uma possível irregularidade. O juiz admitiu que, por enquanto, não é necessário intimar o presidente do Barça, Sandro Rosell, que pediu publicamente para prestar depoimento.

Pablo Ruz quer que primeiro sejam feitas diversas diligências, inclusive, na FIFA, para que seja solicitada a documentação da contratação. Além disso, o juiz quer que seja solicitado a Neymar, tudo que seja referente ao contrato assinado com a N&N, empresa do pai do jogador que detinha seus direitos econômicos.

Além disso, uma comissão deverá vir ao Brasil para solicitar ao Santos os documentos referentes à transferência. Ao Barcelona, o magistrado solicitou todos os papeis que comprovem que o pagamento de Neymar, inclusive o que diz respeito aos 7,9 milhões de euros gastos para garantir direito de prioridade sobre três jovens do Peixe, além dos 9 milhões de euros pagos por dois jogos amistosos.

Outra medida definida pelo juiz é que sejam intimados, na qualidade de peritos, os funcionários da empresa Deloitte, que foi responsável por realizar auditoria nas contas do clube catalão.

Na tese apresentada pelo promotor José Perals, acatada pelo juiz, há dois movimentos suspeitos: um deles a assinatura em 2011 de um contrato fictício de empréstimo, que seria na verdade “uma garantia” para futura contratação de Neymar em 2014 em que o Barça pagou 10 milhões de euros, e também a “mutação” do que era o acordo para a transferência, para uma cláusula de penalização.

Inicialmente, o preço que o Barcelona combinava pagar pelos direitos federativos e econômicos de Neymar foi de 40 milhões de euros, já incluídos os 10 milhões do “empréstimo”, mas depois foi estabelecida a “mutação”, em que o valor passaria a ser de multa em caso de descumprimento do acordo.

Em 3 de junho de 2013, Neymar, N&N e o Barcelona decidiram acertar a transferência, e o clube reconheceu que tinha descumprido o acordo firmado em 2011, já que acertara antes do previsto a transferência, com isso, deveria pagar os 40 milhões de euros à empresa do pai do atacante.

Segundo o juiz, na documentação contábil apresentada pelo Barcelona, estes valores não aparecem ou não estão claros.

Responsável por iniciar a ação, o sócio do clube, Jordi Cases, afirma que o pagamento foi de 40 milhões de euros ao pai de Neymar e 17,1 milhões de euros ao Santos pelos direitos federativos. Além disso, o Peixe recebeu 7,9 milhões e mais 9 milhões, pela preferência na contratação de três atletas e por jogos amistosos, respectivamente.


int(1)

Juiz espanhol acata denúncia de apropriação indevida na contratação de Neymar