O goleiro Julio César, titular da Seleção Brasileira, elogiou nesta terça-feira (27) a Brazuca, bola que será utilizada na Copa do Mundo, e ainda destacou a “vantagem” de ter jogado com o modelo na MLS, a liga americana de futebol.

“Vinha treinando e jogando com ela. Isso me ajuda bastante para chegar aqui e desempenhar um bom trabalho. A bola é boa, e acho que os jogadores de linha também vão gostar”, disse o jogador do Toronto FC, em entrevista coletiva concedida na Granja Comary, em Teresópolis.

Julio César foi um dos grandes críticos da Jabulani, bola utilizada quatro anos atrás no Mundial disputado na África do Sul. O goleiro, no entanto, lembrou que não foi o único. “Houve vários goleiros que criticaram a bola, até o Maradona reclamou”, lembrou.

Mais cedo, antes de irem para o campo realizar a primeira atividade dos jogadores da posição, Julio, Jefferson e Victor receberam instruções do preparador Carlos Pracidelli (foto abaixo), que apontou a bola como muito rápida.

“É uma bola diferente do que usamos no Campeonato Brasileiro. É importante a adaptação quanto a velocidade, o quique. É melhor mesmo começar (o trabalho no campo) o quanto antes”, avaliou Victor.

Trio exalta disputa 

Os três goleiros da Seleção Brasileira, Julio César, Jefferson e Victor garantiram que o técnico Luiz Felipe Scolari só tem a ganhar com uma disputa envolvendo atletas da posição que tem qualidade suficiente para serem titulares na Copa do Mundo.

“Estão aqui comigo dois goleiros que tem todas as condições de ser titular. É um puxando o outro, e isso é fundamental”, garantiu Julio, que disputa a liga profissional americana (MLS), em entrevista coletiva concedida na Granja Comary.

Julio César, aliás, aproveitou para exaltar os meses em que atuou no time canadense, garantindo que trabalhou com um dos melhores preparadores de goleiros que teve na carreira, Stewart Kerr. O melhor jogador da posição na Copa das Confederações acredita que a qualidade técnica da MLS não influiu em seu trabalho para o Mundial.

“Foi uma preparação excelente. Encontrei um clube muito estruturado. Na minha posição, o nível técnico não interfere muito, a bola vai no gol e eu tenho que agarrar. Joguei sete partidas e tomei nove gols, por isso saí de lá volto muito chateado. Mas cruzamento é igual, tiro de meta é igual. Jogador de linha é que pode sentir mais diferença”, considerou.

O goleiro revelado no Flamengo ainda cravou que está melhor hoje do que estava na apresentação para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

“Chego muito melhor do que quatro anos atrás, apesar de em 2010 ter o status de melhor goleiro do mundo. Me sinto mais experiente e preparado. Tirei muitas coisas positivas depois daquela Copa, porque não foi só a eliminação. Tive problemas com a Internazionale, com o Queen’s Park Rangers. Precisei ter muita força”, afirmou.

Reserva imediato da posição, Jefferson aposta que “o Brasil está muito bem servido de goleiros”, e ainda lembrou que a forte disputa na Copa das Confederações foi fundamental para Julio César ser eleito o melhor no torneio do ano passado e que, o objetivo é repetir a briga acirrada pela titularidade.

“A disputa é sadia. Estou do lado de dois grandes goleiros, que respeito muito. A gente nunca escondeu que todos estão aqui para buscar seu espaço na Seleção Brasileira. A gente não tem que ser hipócrita, e admitir que hoje o goleiro titular da seleção é o Julio, mas ninguém veio aqui para cumprir tabela. Vamos treinar para mostrar que temos condição de titular”, garantiu.

Victor também exaltou a disputa em alto nível do gol da seleção, e admitiu ainda que viu sensação ruim de ter ficado fora da Copa quatro anos atrás ser transformada em felicidade plena pela convocação quase de última hora, já que disputou o posto de terceiro goleiro com Diego Cavalieri.

“Se em 2010 não deu certo é porque o que fiz até então não era o suficiente. Deu para amadurecer, hoje me sinto mais preparado. Estou muito feliz de fazer parte desse elenco, desta equipe. É um sonho realizado, um orgulho representar meu pais jogando em casa”, disse o atleta do Atlético-MG.


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Julio César elogia Brazuca e admite 'vantagem' por usar bola da Copa nos EUA

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