O presidente da Uefa, Michel Platini, declarou apoio nesta quarta-feira em Budapeste à política da Fifa de levar o futebol para regiões onde o esporte não é forte, em clara alusão à escolha da Rússia e o Catar como sedes das Copas de 2018 e 2022, respectivamente.

“Não me surpreendi (…). Não ocorreu nada de extraordinário”, disse Platini, presidente da Uefa com relação à recente decisão.

Desde a Copa do Mundo da África do Sul e a europeia da Polônia e Ucrânia, “a Fifa e a Uefa demonstraram que levarão o futebol para regiões onde até agora o esporte não era forte”, recalcou.

Em entrevista coletiva durante visita à capital húngara, Platini explicou que a apresentação da candidatura da Rússia foi singela, centrou-se no fato de que até agora nenhum país do Leste Europeu recebeu um mundial, e o mesmo ocorreu com o Catar, mas em relação ao mundo árabe.

Por outro lado, reconheceu que o caso da chamada máfia de apostas representa o maior problema para o futebol, junto com a agressão e o racismo.

“Não acredito que os torcedores irão aos estádios se souberem os resultados dos jogos”, declarou.

O presidente da Uefa reiterou sua postura contrária à aplicação de imagens de vídeo para as decisões dos árbitros.

“O futebol deve seguir sendo humano, jogado por pessoas e com árbitros que também são pessoas”, recalcou.

Durante sua visita em Budapeste, Platini se reuniu com os dirigentes húngaros do mundo futebolístico, assim como o primeiro-ministro, Viktor Orbán.


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Platini reforça que "Fifa leva o futebol a regiões onde não é forte"