O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT), lançou na última terça-feira (26) o plano de metas da capital traçado durante sua campanha eleitoral. Avaliado em R$ 23 bilhões e com previsão para ser cumprido à risca até dezembro de 2016, data do fim de seu mandato, o traço estratégico tem uma parte reservada aos ciclistas e à mobilidade urbana da maior metrópole da América Latina.

Em parceiria com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo) e a SMT (Secretaria Municipal de Transporte), a Prefeitura da cidade, em contato com o Virgula Esporte, confirmou as criações do Programa de Proteção ao Pedestre e do Programa de Segurança ao Ciclista, medidas estas tomadas por conta dos recentes acidentes envolvendo motoristas e ciclistas nas avenidas Paulista e Rebouças.

Dentro do Programa de Segurança aos Ciclistas, a ideia é estreitar a convivência entre ciclistas e motoristas, tornando a relação entre ambos mais civilizada e harmônica. Diversas medidas de engenharia, fiscalização e de educação foram realizadas para tirar este projeto do papel.

Já no programa de segurança, o objetivo é orientar e conscientizar os ciclistas sobre como se comportar no trânsito, oferecendo um breve cursos com aulas teóricas e práticas no Centro de Treinamento e Educação de Trânsito (CETET), na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Segundo a Prefeitura, os agentes de trânsito da CET recebem treinamento para conhecer as especificidades do uso da bicicleta como meio de transporte.

Por meio da SPTrans (São Paulo Transporte), a SMT confirmou a promessa de Fernando Haddad de construir 150 Km de corredores de ônibus e ciclovias lindeiras a estes novos corredores. Porém, o traçado está com suas alternativas sendo estudadas pelo corpo técnico da CET, que também está ouvindo as necessidades de cicloativistas colaboradores.

Abaixo, detalhamos as tipologias já existentes para tráfego de bicicletas em SP:

Ciclovias – 60,4 km 

Ciclovias são espaços exclusivos para as bicicletas, com sinalização horizontal e vertical, e que funcionam todos os dias da semana, o dia todo. Ciclistas trafegam em faixas exclusivas, isoladas fisicamente dos carros. São ideais para locais onde há conflito viário, notadamente vias expressas, avenidas e algumas vias coletoras. 

Ciclofaixas de lazer  – 119,7 Km

São faixas de rolamento situadas junto ao canteiro central ou à esquerda da via, onde é permitida a circulação de ciclistas aos domingos e feriados nacionais, sempre das 7h às 16h. 

Ciclofaixa Definitiva – 3,3 km 

Funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, e passa pelas seguintes vias em Moema: Av. Rouxinol/Av. Aratãs no trecho entre Rua Araguari e Al. dos Anapurus; Av. Pavão/Av. Iraí no trecho entre Rua Araguari e Al. dos Anapurus; Rua Araguari entre Av. Pavão e Rua Rouxinol.  

Rotas de Bicicleta (ciclorrotas) – 58 Km  

São ruas já utilizadas por ciclistas que circulam nos bordos da via junto com o tráfego geral e que recebem placas e pintura de solo alertando aos motoristas sobre a presença e a prioridade a ser dada ao tráfego ciclístico, além da adoção de velocidade veicular em 30 km/h. Geralmente as ciclorrotas estão situadas em vias onde é pequena a presença de veículos de grande porte, como ônibus e caminhões. 


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Prefeitura e CET priorizam uso de bicicletas em SP e lançam Programa de Segurança ao Ciclista