Quase 11 meses depois de ter feito uma autodenúncia, o presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, admitiu nesta segunda-feira (10) em depoimento na Audiência Provincial de Munique ter evadido impostos.

“Evadi impostos. Sou consciente que esse fato não muda com a autodenúncia. Queria, através dela, poder evitar a perseguição penal”, disse Hoeness.

Na Alemanha, é possível pagar multas mais brandas e evitar um processo judicial em caso de delitos fiscais através de uma autodenúncia, sempre que esta for completa e apresentada antes do iníco de uma investigação. No caso do dirigente, a promotoria alega que a autodenúncia não foi completa e por isso apresentou a acusação.

Hoeness explicou seu caso dizendo que durante um tempo especulou com grandes somas e que pedeu o controle das perdas e lucros. Ele afirmou que entre 2003 e 2009 teve prejuízo global milionário, mas acrescentou que tem claro que os ganhos que também teve em outros anos deveriam ter sido declarados ao fisco e não foram.

“Fico feliz por tudo ser esclarecido agora. Lamento profundamente minha falta. Farei de tudo para virar a página neste duro capítulo da minha biografia”, comprometeu-se.

Hoeness declarou que quer pagar a totalidade de sua dívida fiscal, o que implica também dívidas de casos já prescritos, e lembrou que doou um total de 5 milhões de euros a organizações beneficentes.

Hoeness é acusado de ter evadido impostos no valor de 3,5 milhões de euros e de ter omitido do fisco uma renda de 33 milhões de euros. No entanto, a confissão do dirigente vai além do que é acusado, e a dívida pode ser de 15 milhões de euros a mais do pressuposto pela procuradoria.


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Presidente do Bayern admite a tribunal que evadiu impostos