Veja fotos de Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers


Créditos: André Nespoli

Um dos destaques brasileiros da NBA no ano passado, o ala/pivô do Cleveland Cavaliers, Anderson Varejão, passou por momentos complicados nos últimos meses. Internado em janeiro deste ano para realizar uma cirurgia de recuperação de uma ruptura muscular no quadríceps da perna direita, ele acabou descobrindo, durante o processo médico, que um quadro de embolia pulmonar havia sido diagnosticado. Com um coágulo de sangue constatado no pulmão direito, o jogador teve que passar por um intenso tratamento, ficando de fora do restante da temporada 2012/2013 da principal categoria do basquete mundial.

Totalmente recuperado do problema no pulmão e passando um período no Brasil antes de retornar aos Estados Unidos, Verejão revelou, em entrevista exclusiva ao Virgula Esporte, que chegou a temer por sua vida após ter diagnosticado a embolia logo após o problema no quadríceps.

“Nunca é bom se machucar, é sempre um momento ruim para qualquer jogador. Logo depois da lesão, veio a embolia, que me assustou bastante, pois eu poderia ter até morrido. Foi decepcionante e desmotivante, pois eu estava em um momento muito bom na minha carreira, eu tinha grandes chances de estar no All Star Game. Muita gente comentando, amigos, jornalistas, estava recebendo muitos e-mails, técnicos dos outros times também comentavam comigo sobre o All Star. Eu tinha grandes chances, mas infelizmente não deu certo. Mas é uma coisa que, ao mesmo tempo, me conforto, pois ficou sabendo que se eu estivesse jogando eu teria ido”, explicou o craque.

Fora de forma por ter ficado quase seis meses sem realizar nenhuma atividade física, Varejão comemora a volta aos trabalhos e já pensa em um retorno em breve às quadras norte-americanas da NBA.

“Estou totalmente recuperado da embolia, agora meu foco é a fisioterapia e tratamento pro meu quadríceps. Quando chegou a embolia, eu tive que forçar na recuperação do pulmão, cortando todo o resto. Exercício, movimentação, cortaram tudo. Só podia fazer alongamento. Estava vetado de qualquer atividade física de contato. Mas, daqui a um mês e pouquinho eu volto. Foi o tempo que os médicos me deram pra voltar a pegar mais pesado nessa parte de fisioterapia e depois disso, eu já fico bem”, disse o jogador do Cleveland.

Questionado sobre o futuro na profissão, Varejão, que está com 30 anos de idade e ainda não pensa em aposentadoria, tem como foco e sonho principal ficar entre os três primeiros no torneio de basquete da Olimpíada do Rio de Janeiro, que acontece em 2016.

“Meu grande objetivo é ganhar uma medalha olímpica com a seleção brasileira nos jogos do Rio de Janeiro e continuar a melhorar como atleta e também como pessoa com o passar do tempo”, resumiu o ala/pivô.

Quando a conversa com craque mudou um pouco de assunto, deixando as quadras para entrar nos gramados de futebol, Varejão manteve a mesma habilidade mostrada na NBA, e aproveitou para revelar seu time do coração.

“Pode não parecer, mas eu gosto de futebol sim. E eu sou flamenguista desde pequeno”, disse o brasileiro, que tem mais dois anos de contrato com o Cavaliers.

Já sobre a nova mania dos jogadores brasileiros, que estão comemorando gols marcados dando uma corrida e se chocando no ar, ao melhor estilo dos astros do basquete norte-americano, moda esta iniciada por Ronaldinho Gaúcho e , no Atlético-MG, Varejão, que não sabia do sucesso entre os boleiros, aprovou a ideia, mas descartou levar as dancinhas do futebol para a NBA.

“No basquete tem soco no ar, a rapaziada bate no peito, mas isso só acontece em cestas decisivas. Por conta da correria que é, você não pode comemorar toda cesta desta forma, nem com as dancinhas que temos aqui. Mas eu acho legal que eles estão fazendo isso aqui no Brasil, mas eu, sinceramente, não sabia disso”, concluiu o craque.

Veja abaixo um vídeo de uma das melhores exibições de Varejão no ano passado:


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Recuperado de embolia pulmonar, Anderson Varejão fala do susto: 'Eu poderia ter morrido'