A primeira edição do Rio Open de tênis, que será disputada em 2014, apostará em uma alta premiação e nos atrativos da Cidade Maravilhosa para atrair alguns dos principais tenistas do mundo, apesar de o torneio usar piso de saibro em meio à temporada de quadras rápidas.

O Jockey Club Brasileiro, na Zona Sul do Rio de Janeiro, sediará simultaneamente um ATP 500 e um torneio da WTA de 15 a 23 de fevereiro de 2014. Na mesma data, pelo circuito masculino, ocorrerão os ATPs 250 de Marselha (França) e Delray Beach.

A premiação total será de US$ 1,25 milhão (R$ 2,5 milhões) entre os homens e de US$ 250 mil (R$ 500 mil) entre as mulheres, mas não é a única arma dos organizadores para atrair tenistas da elite. A pontuação no ranking, que será maior que a dos torneios concorrentes, e as atrações turísticas do Rio também serão usadas como chamarizes.

“Os incentivos, como custeio de viagem e hospedagem, são padrão. Mas o fato de o torneio ser disputado no Rio de Janeiro atrai atletas. Queremos ser mais que um torneio de tênis, mas um grande evento, e que os atletas venham com a família curtir a cidade”, destacou o CEO da ATP para a América Latina, Mark Young.

A IMX, grupo de esportes e entretenimento do Grupo EBX e da IMG Worldwide, do empresário Eike Batista, adquiriu as datas do ATP 500 de Memphis. A cidade americana passará, a partir de 2014, a receber um ATP 250 que era disputado em San José, na Califórnia. A saída deste último torneio do calendário – ele era disputado desde 1889 – foi justamente o que abriu espaço para a entrada do Rio.

O grupo pretende anunciar a participação de um primeiro grande atleta em setembro deste ano. A expectativa é trazer três ou quatro tenistas do top-10 masculino e uma do feminino.

No ano que vem, o Rio Open será disputado uma semana antes do Aberto do Brasil, realizado em São Paulo. A edição deste ano, que teve o espanhol Rafael Nadal, quarto colocado do ranking mundial, como campeão, sofreu críticas relacionadas à estrutura. A preocupação, no entanto, não precisa ser estendida para o Rio, garantiram os organizadores.

“Não temos nenhum tipo de preocupação nesse sentido. O local é muito bom. Esperamos que um evento colabore para o crescimento do outro”, disse Mark Young, que revelou que cinco cidades concorreram com o Rio de Janeiro para herdar de Memphis o direito de receber um ATP 500.

A estrutura montada no Jockey Club terá oito quadras, cinco delas para jogos, incluindo um estádio central com capacidade para 7 mil espectadores. Essa quadra principal ficará em “um espaço que é surpresa, nunca usado para eventos, e que o Jockey abriu especialmente para sediar o torneio”, de acordo com a vice-presidente de esportes da IMX, Márcia Casz.

Também não haverá qualquer tipo de concorrência ou conflito de interesses entre os dois torneios do circuito feminino que acontecerão no Brasil, que a partir deste ano passou a ter uma competição em Florianópolis, ao menos segundo o discurso da CEO da WTA, Stacey Allaster.

“Estamos empolgados por trazer mais um torneio WTA para o Brasil. Estamos satisfeitos com Florianópolis, mas precisamos espandir, e ter dois torneios no país é fantástico”, explicou.


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Rio Open usa premiação e atrações da cidade para seduzir tenistas do top-10