Como era de se esperar, o deputado federal Romário não deixou barato e respondeu à altura as críticas que recebeu do secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke. Em entrevista ao Jornal Extra, o baixinho se mostrou revoltado com as acusações do suíço, de que ele “muitas vezes ultrapassou todos os limites da decência” nos questionamentos que faz à entidade e também aos organizadores da Copa do Mundo no Brasil.

“Pelos antecedentes, Jérôme Valcke não seria a pessoa mais indicada para fazer negócio com o Brasil. Eu não confiaria nele nem se precisasse dar R$ 10 do meu bolso para ele comprar pão e leite na padaria da esquina” – disparou Romário.

O ex-camisa 11 lembrou o suposto envolvimento de Valcke em um esquema de chantagem que teria lhe levado a assumir o marketing da Fifa, em 2003, e o favorecimento dado por ele na negociação milionária que culminou na troca de patrocinadores da Fifa e no prejuízo de US$ 90 milhões, cerca de R$ 190 milhões, da entidade.

O deputado federal chegou ainda a alfinetar o ex-companheiro de ataque de Seleção Brasileira. Ao comentar as declarações de Jérôme Valcke, Romário fez questão de lembrar do suposto negócio que Ronaldo, membro do Conselho Organizador Local (COL) da Copa de 2014, teria feito com o dirigente francês. O Fenômeno teria alugado seu apartamento no Rio de Janeiro para o secretário geral durante sua estadia na cidade para a Copa das Confederações, em junho.

 “É bem natural que o Sr. Jérôme Valcke não goste de mim, afinal, eu não alugo apartamento para ele, nem ofereço festa para ele depois de eventos da Fifa em São Paulo. Meu papel como legislador é fiscalizar e, no caso da Copa do Mundo no Brasil, conhecer e expor o perfil da pessoa com quem nosso país está negociando tanto dinheiro público para a realização do Mundial de futebol. As autoridades brasileiras não deveriam confiar nesse senhor.”


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Romário devolve acusações e detona Jérôme Valcke: ‘Não confiaria a ele R$ 10’