O Vasco, que foi destaque de 2011 com o título da Copa do Brasil e o vice brasileiro, começou o ano novo em crise por conta de um velho problema: o atraso de salários.

Nesta quinta, o conflito chegou ao ápice, após o veterano meia Felipe, líder do elenco, desmentir publicamente o vice-presidente de finanças do clube, Nelson Rocha, que havia confirmado o depósito do 13º salário de 2011.

Para completar, ele ainda afirmou que o problema não é recente: “Os salários atrasados não são novidade para ninguém. Desde que eu voltei, essa situação existe. Incomoda porque todo trabalhador quer receber em dia”, reclamou, antes de ironizar o dirigente: “estranho é o vice de finanças dizer que pagou o 13º se não pagou. Vamos ser transparentes entre nós e com vocês da imprensa”.

Os jogadores não receberam também os salários de dezembro e têm quatro meses de direitos de imagem atrasados. A insatisfação chegou ao ponto de os jogadores ameaçarem não ir à concentração para o jogo de domingo contra o Duque de Caxias. 

“Uma coisa que tem que ser lembrada é que o time foi campeão da Copa do Brasil com os salários atrasados. Não tem corpo mole, apesar da situação incômoda”, afirmou o jogador, descartando um menor empenho por conta da situação. “Se a gente vier a perder algum jogo, vai ser por conta do futebol e não por falta de dedicação”, concluiu.

O clube, em defesa, afirmou, por meio do novo diretor executivo do clube, Daniel Freitas, que a saída de dois dos patrocinadores desfalcou o caixa do clube em R$ 9 milhões, mas prometeu solução para breve: “Agora, nossa expectativa é que até amanhã (sexta) pelo menos parte dos pagamentos seja feita”.

A solução pode estar na Justiça, já que o clube tem cerca de R$ 14 milhões bloqueados junto ao Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, referentes ao pagamento da Eletrobrás. A ideia é solucionar tudo antes da estreia na Libertadores.


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Salários atrasados geram crise no Vasco