O presidente da Uefa, o francês Michel Platini, declarou nesta quarta-feira, em entrevista coletiva concedida na Croácia, que a entidade tem informações sobre partidas arranjadas em várias competições europeias, mas não possui provas que comprovem suas suspeitas.

“A Uefa tem algumas informações, mas as coisas são muito complexas”, disse Platini, em alusão às acusações contra a chamada máfia de apostas em Bochum (Alemanha) e às afirmações da imprensa sobre supostas manipulações em partidas na Croácia.

“Temos informações, mas não temos provas. É preciso analisar novamente as coisas na Uefa, onde formamos um grupo interno encarregado desses assuntos”, completou.

Ao todo, 15 partidas dos clubes croatas estão sendo investigadas por conta de supostas apostas ilegais e resultados arranjados.

“Lutamos com todas as nossas forças, estamos dando 9 milhões de euros por ano às federações para cobrirem partidas profissionais de primeira e segunda divisões. Não falo do dinheiro que circula por trás dos jogos, porque não somos policiais, nem juízes”, acrescentou Platini.

Neste contexto, o ex-jogador francês defendeu a criação de uma “polícia europeia para esportes”. Platini se reuniu hoje em Zagreb com o ministro de Esportes da Croácia, Radovan Fuchs, e não com a primeira-ministra, Jadranka Kosor, como desejava.

“A reunião foi boa, mas as mensagens são, na realidade, destinadas mais à primeira-ministra do país, que ao titular de Esportes. A Croácia é uma grande nação esportiva, mas tem bastantes problemas fora do esporte e sobre isso que eu queria falar com a chefe do Governo. A violência de grupos de torcedores, algumas formas de corrupção, apostas, etc”, explicou o presidente da Uefa.

Por outro lado, Platini se pronunciou contra a introdução da tecnologia como o uso de vídeos para a arbitragem, por considerar que se trata de um jogo de seres humanos, e, assim, “os árbitros também têm que ser seres humanos”.


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Uefa tem informações sobre partidas arranjadas, diz Platini