Luana Piovani e Pedro Scooby comemoram Bodas de Papel


Créditos: Reprodução/Instagram

Desde que a foto de Luana Piovani, numa banheira, supostamente nua, com a cara lânguida comemorando suas bodas de papel com o marido Pedro Scooby, no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, na terça-feira (29), foi postada na conta dele no Instagram, um debate sobre vulgaridade, superexposição, liberdade e escolhas encheu as redes sociais. Alguns defendendo o direito da atriz de fazer o que quiser da vida, outros acreditando em certa dose de exibicionismo e mascaramento (tipo feito para sair e polemizar nas redes sociais). De fundo, a questão do público e privado tão falsamente alardeada como central para o grupo de Paula Lavigne e os medalhões da MPB no debate sobre as biografias, tem na foto de Luana sua verdadeira face mostrada de forma mais contemporânea possível.

É no mundo das celebridades e sua relação com os paparazzi e a chamada imprensa especializada que a questão entre o que deve ser público e o que deve ser privado acontecem de forma mais profunda.

O que temos na verdade é quase o encolhimento do que chamamos privado. O direito à privacidade nos dias de hoje parece precisar de um Ibama ou Greenpeace, pois está em extinção, a modo grosso. Se antes tínhamos os paparazzi enlouquecidos atrás das celebridades, eles conseguiram chegar ao limite (perigoso e metafórico) desta atitude de invasão da privacidade: a morte. Lembrem-se da Princesa Diana fugindo deles pelos túneis de Paris e sofrendo um acidente trágico.

Entretanto, aquilo que poderia ser uma atitude de recolhimento da ação massacrante do público em relação ao privado se transformou e ganhou mais poder, e desta vez, de forma muito mais sedutora e menos agressiva que os flashes dos fotógrafos. Com as redes sociais, os famosos viraram paparazzi de si mesmos. Eles mesmos se fotografam em situações cotidianas, íntimas, que jamais nenhum paparazzo teria acesso. Não existe privacidade maior sendo devastada que esta.

Se esta nova manobra pode trazer a eles o poder de escolher as situações que desejam compartilhar e publicizar, ela também libera o id e sua falta de critérios e algo que pode soar íntimo e prazeroso para a pessoa que publicou a foto, pode enviesar-se como algo totalmente oposto para quem a viu nas redes.

Quando Luana aparece na banheira, para alguns ela pode estar nua, ou atriz pode estar louca, ou ainda em um momento pós-sexo, outros não entendem aquela mancha na foto, mas talvez para ela seja apenas um momento de puro amor. Mas ao deixar pública a imagem (e ao mesmo tempo a pessoa), não se tem mais controle sobre ela e a todos os julgamentos possíveis que possam surgir.

Ela tem total liberdade de postar o que bem entender (quase né, porque o puritanismo das redes sociais proíbem nus explícitos), mas também, ao se tornar público, todos também tem o direito de comentar o que bem entender. E a vulgaridade está longe de estar na foto, mas sim neste diálogo entre o famoso e seus seguidores. A vulgaridade está na privacidade em extinção.


int(1)

Luana Piovani, suas bodas de papel e a privacidade em via de extinção