Depois do rebuliço causado pelo filme 300 no Irã, o país está preparando o lançamento de um documentário que virá em resposta à ficção de Frank Miller. O filme vai ser dirigido por  Peyman Fakkharian e patrocinado pelo Centro de Cinema Documental e Experimental.

Ao contrário de 300, o documentário se baseará em textos históricos, entre eles a “Bíblia persa”, o livro sagrado Avesta, escrito pelo profeta iraniano Zoroastro. Contarão como fonte também escritos de historiadores gregos Plutarco e Heródoto.  A película será composta por cenas reais e animações.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Rodrigo Santoro negou que o filme tivesse qualquer conotação política: “O filme é 100% em cima da HQ. O universo era uma fantasia. Não pude usar nem a pesquisa histórica que fiz sobre o personagem. Ele é uma visão do Frank Miller, um arquétipo, não é realismo”, analisou o ator.

Santoro concorre ao prêmio MTV Movie Awards na categoria de melhor vilão. Seus rivais são Bill Nighy, como Davy Jones (o capitão "cara-de-polvo") de Piratas do Caribe – O Baú da Morte, Meryl Streep por Miranda Priestly em O Diabo Veste Prada, Jack Nicholson por Costello em Os Infiltrados e Tobin Bell por Jigsaw em Jogos Mortais 3. Vai ser difícil ganhar desse grupo de veteranos.

O pessoal do Irã com certeza votaria no brasileiro. O presidente  Mahmoud Ahmadinejad, não viu, não gostou e baniu "300" do país. Ele achou que o filme apresentava uma imagem deturpada do povo persa e, já que a maioria da população iraniana descende dos persas e dá para imaginar o tamanho da encrenca e o sucesso estrondoso que o documentário vai fazer por lá.

Nem que a maioria das pessoas vá ao cinema mais pelo protesto em relação à versão de Hollywood do que pela obra em si.

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