“Lembro-vos também de que na luta contra o Homem não devemos ser como ele. Mesmo quando o tenhais derrotado, evitai-lhe os vícios. Animal nenhum deve morar em casas, nem dormir em camas, nem usar roupas, nem beber álcool, nem fumar, nem tocar em dinheiro, nem comerciar. Todos os hábitos do Homem são maus. E, principalmente, jamais um animal deverá tiranizar outros animais. Fortes ou fracos, espertos ou simplórios, somos todos irmãos. Todos os animais são iguais.” Assim é feito os mandamentos dos animais de uma fazenda que tomam o poder e banem os homens no fantástico  – em todos os sentidos – livro de George Orwell, escrito há exatos 65 anos. A Revolução dos Bichos é uma sátira sobre a corrupção do poder. Nada mais salutar ler esse libelo em tempos de eleição.

O escritor inglês, decepcionado com o comunismo que ele apoiou no período da Segunda Guerra Mundial e mais ainda com a vertente stalinista, é feroz na descrição da luta pelo poder entre os porcos que se tornam líderes da fazenda e comandam os outros animais. Na disputa interna entre Napoleon e SnowBall, o primeiro leva a melhor e muda os mandamentos que ficam apenas assim:“todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que outros”.

O livro foi um sucesso absoluto e virou filme para a televisão em 1999, dirigido por John Stephenson, com animais de verdade dublados por atores. Existe também uma versão inglesa feita em desenho animnado que data de 1955.

George Orwell foi um ferrenho crítico do totalitarismo, do autoritarismo e das formas ditatoriais. É dele também o livro Grande Irmão (Big Brother) que veio inspirar o reality show mais famosos do Brasil.

Veja os animais que se tornaram famosos sem necessariamente tomarem o poder dos homens.

 

 


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"Revolução dos Bichos" faz 65 anos sendo ainda um livro muito atual em tempos de eleição