Karol Conka

Divulgação Karol Conka

Karol Conka concedeu uma entrevista ao jornal Extra e falou sobre assédio e violência contra a mulher. “Um cara já apontou uma arma para mim, porque ele queria bater numa menina e eu me meti. Eu era adolescente”, relembrou.

Em dezembro do ano passado, ela presenciou uma caso de assédio de um estrangeiro com algumas brasileiras em um hotel no Rio de Janeiro. O caso viralizou e ficou bem famoso (clique aqui para relembrar!).  “Quando dei na cara do gringo, tinha muita gente em volta, eu tinha um celular que servia de prova. Mas nunca revide se você estiver sozinha. Eu sou da paz, não da violência. Mas tem certas situações que só agindo assim”, afirmou.

“As mulheres não denunciam porque é muito chato, tão chato quanto ser agredida. A Justiça não funciona direito nesse país. Quando você vai à delegacia, muitas vezes é constrangedor. Infelizmente, homens protegem homens, sim. Alguns acham que é culpa da vítima. Isso não existe! Na minha família, tem história de pai que estuprou filha. Minha mãe já foi violentada pelo meu pai porque ele estava bêbado e ela não queria transar. Isso é muito sério, por isso a minha revolta. Quando a gente é mais louca que o louco, eles abaixam a cabeça. As mulheres têm o direito de fala, de se defender”, disse.

Karol Conka

Karol Conka disse também que, no caso do gringo no hotel do Rio, foi acusada de só querer “chamar a atenção”. “Quando saiu o vídeo em que apareço dando na cara do gringo, teve gente dizendo que eu só fiz aquilo para chamar atenção. É lógico que eu tenho que chamar atenção para esse assunto, mas nunca quis aparecer em cima disso. […] Não teria graça ser famosa se eu não pudesse fazer a diferença”, relatou.

“Eu tinha 17 anos quando entrei num ônibus e um senhor ficou encostando a genitália ereta na minha coxa. Quando abriu a porta, eu o chutei pra fora. Fiquei com tanto nojo. E outro episódio foi agora, já cantora, num show no Rio. Um cara ficava olhando e dizendo: ‘deixa eu enfiar o dedo aí’. Parei tudo e perguntei: ‘como é que é?’. Ele disse que era muito rico e que ia ferrar comigo. Homem já é difícil de lidar, rico, então, piorou. Eles acham que podem tudo. Alguns, não estou generalizando. Mas expulsei o cara da balada. Saber se posicionar coloca qualquer pessoa pra baixo”, contou.


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"Um cara já apontou uma arma pra mim", diz Karol Conka sobre violência contra mulher