O Twitter ofereceu a seus usuários na Turquia códigos para que possam continuar enviando seus comentários através das mensagens de texto do celular depois que a direção de telecomunicações desse país bloqueou o acesso à rede social.

Usuários da Turquia podem enviar tweets usando os SMS. Avea e Vodafone texto Start para 2444. Turkcell texto Start para 2555″, publicou nesta quinta-feira (20) a rede social em turco e em inglês no perfil oficial de sua equipe de política pública global (@policy).

Contatados por vários meios de comunicação após a notícia da proibição do Twitter na Turquia, os porta-vozes do gigante tecnológico se limitaram a comentar que estão “investigando” o que ocorreu.

A direção de telecomunicações da Turquia bloqueou nesta quinta-feira o acesso ao Twitter, horas depois que o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, prometeu em um comício eleitoral “erradicar” esta rede social.

Bloqueio

O bloqueio foi efetivado à meia-noite local (19h de Brasília), e foi comentado imediatamente na própria rede sob a hastag #TwitterisblockedinTurkey.

No entanto, era ainda possível evitar o bloqueio mediante o uso de ferramentas de anonimato na conexão à internet.

O site oficial da direção de telecomunicações destacou que o Twitter estava bloqueado por ordem do Ministério Público de Istambul com data de hoje.

Erdogan tinha prometido em um comício eleitoral, realizado hoje em Bursa, que “arrancaria da raiz” o Twitter, sem importar-se com a opinião da comunidade internacional.

Horas mais tarde, o escritório do primeiro-ministro assinalou em comunicado, recolhido pela emissora “NTV”, que tal medida seria tomada como “último recurso”, se a rede social seguisse sem fazer caso a “decisões judiciais” turcas e se negasse a eliminar determinados links.

No último mês, várias gravações com supostas conversas telefônicas entre Erdogan e seu círculo, que na opinião da oposição turca demonstram a corrupção nas esferas governamentais, foram divulgadas pelo Twitter.


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Twitter oferece alternativa a usuários turcos para burlar bloqueio do governo