A Polícia Federal realizou em 2009 um total de 4.534 prisões em suas operações, sendo que 75% deste total (3.392 casos) representam apenas os mandados de prisões preventiva, de acordo com balanço apresentado na manhã desta segunda-feira (21) pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.

A PF realizou 43 ações de combate à corrupção, com a prisão de quase 300 suspeitos, dos quais 83 são servidores públicos, e Genro garantiu, na entrevista em que anunciou tais dados, que “o combate à corrupção vai aumentar no próximo período em razão de que a PF está preparada para combater esses crimes”.

As demais operações foram contra crimes relacionados ao tráfico de drogas (72), crimes cibernéticos (10), previdenciários (27), ambientais (20) e contrabando (17) e, na apresentação dos dados, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, garantiu que os oficiais querem “trocar o impacto do momento de realização da operação pela condenação dos envolvidos. De nada adianta termos operações de grande visibilidade se a prova não tiver qualidade”.

Corrêa revelou ainda que “é muito difícil identificar e pôr a mão em dinheiro de corrupção”, em menção à Operação Caixa de Pandora, realizada no final de novembro e revelou um esquema de corrupção batizado de “Mensalão do DEM”, que envolvia inclusive o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), seu vice, Paulo Octávio (DEM), deputados distritais, empresários e secretários.

No total, a corporação recolheu, durante o ano, 150,5 toneladas de maconha, queda de 14% na comparação com 2008, quando as apreensões somaram 174 mil quilos. Já em relação à cocaína, quase não houve mudanças, com a quantidade passando de 20,4 mil quilos, no ano passado, para 20,8 mil quilos em 2009.

Genro aproveitou a coletiva para cutucar quem critica a tendência de “espetacularização” das operações, alegando que “é um devaneio literário achar que nós estávamos caminhando para um Estado policial. O Brasil está dentro do Estado de direito e qualquer afirmação dessa natureza deve ser tratada como [devaneio]”.


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Ações da PF resultaram em 4,5 mil prisões em 2009