O consumo de medicamentos como Tamiflu e Relenza deve ser reservado aos pacientes que estiverem com a nova gripe ou submetidos a um alto risco de complicações, e não ser administrado com caráter preventivo, afirmou nesta terça-feira (8) o Centro para a Prevenção e o Controle de Doenças (CDC, em inglês).

O CDC atualizou hoje suas diretrizes para a prevenção e o tratamento da nova gripe, que, desde abril, provocou 593 mortes e mais de 9 mil hospitalizações no país.

As últimas recomendações da agência pública sugerem prudência ao se administrar antivirais como o Tamiflu, cujo uso para prevenir a expansão da epidemia é cada vez mais comum, inclusive em crianças que não têm sintomas aparentes.

Anne Schuchat, diretora do Centro de Problemas Respiratórios e de Imunização do CDC, recomendou, em entrevista coletiva, que os médicos recorram a uma “espera em alerta” para comprovar se os pacientes desenvolvem febre ou outros sintomas de gripe, antes de receitar um remédio antiviral.

A Roche, a farmacêutica que possui o patente do Tamiflu, afirmou na segunda-feira que observou 13 casos de pacientes da nova gripe que desenvolveram resistência a esse remédio, um fenômeno que o CDC estima que pode ser combatido com barreiras aos tratamentos preventivos.

No caso dos pacientes com sintomas evidentes de gripe, Schuchat recomendou administrar os antivirais de forma imediata, em vez de esperar que terminem os exames de confirmação.

Schuchat ressaltou que essa espera pode afetar a efetividade do Tamiflu ou do Relenza, cujo efeito é otimizado em caso de administração entre 12 e 48 horas após os sintomas.

A especialista acrescentou que a maioria dos americanos que contraírem a doença terá quadro leve e não precisará de atendimento médico ou tratamento antiviral.

As autoridades dos Estados Unidos esperam contar com entre 45 milhões e 52 milhões de vacinas contra a nova gripe para meados de outubro, e um total de 195 milhões até o final do ano.


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Autoridades dos EUA querem fim do consumo preventivo de Tamiflu