O cineasta James Cameron declarou ao jornal The Sunday Times que Avatar também pode ser lido com uma crítica à ocupação dos Estados Unidos no Iraque – tema que rendeu o Oscar à sua ex-mulher Kathryn Bigelow com Guerra ao Terror.

O longa, que acabou de quebrar o recorde de venda de Blu-ray em um dia, mostra os Na’vi em harmonia total com a natureza na sua terra chamada Pandora. O veterano de guerra norteamericano Jake Sully é orientado para ganhar os “corações e mentes” dos nativos, que James Cameron diz que representa “os melhores aspectos do ser humano”.

“Você tem os inescrupulosos, corruptos e gananciosos seres humanos que representam os piores aspectos de nós mesmos, e você tem o nobre, espiritual, corajoso e belo Na’vi, que representam os melhores aspectos de nós mesmos. Esta é a ficção científica feita por seres humanos para seres humanos. Não é feito para um público Na’vi”, explicou.

“Em Avatar estou literalmente dizendo, abra a porra dos olhos e veja claramente o que acontece nessas guerras, ouça o que as pessoas dizem quando querem ir à guerra”, disse.

O diretor criou a história ainda na década de 90, mas só pode colocar em prática as ideias com a ajuda da tecnologia, principalmente da captura de movimento para dar um sentido maior aos personagens do que é o efeito emocional humano.

Cameron disse ainda que acredita que o 3D será tão essencial quanto a cor nos filmes. “Eu fiz uma decisão há uns cinco ou seis anos de fazer todos os meus próximos filmes em terceira dimensão”, declarou.


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"Avatar é também uma crítica à ocupação no Iraque", diz James Cameron