Um acordo entre Brasil e Fundo Monetário Internacional (FMI), que já havia sido anunciado em 2009, foi concluído na última sexta-feira, afirmou a equipe econômica.


 


Assim, o Brasil irá adquirir, em prazo de até dois anos, US$ 10 bilhões de “notas” da instituição de crédito internacional denominadas Direitos Especiais de Saques (DES). Grosso modo, o acordo é uma espécie de empréstimo do Brasil ao FMI.


 


De acordo com o governo, quem assinou o acordo foi o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn.


 


Segundo eles, o dinheiro para compra das “notas” sairá das reservas internacionais brasileiras, que atualmente ultrapassam os US$ 240 bilhões. Isso, no entanto, não quer dizer que haverá uma queda abrupta da poupança do país, pois os papéis funcionam como um tipo de investimento. Ao mesmo tempo, o FMI poderá utilizar esses recursos para ajudar outras economias em dificuldade.


 


“As Notas serão denominadas em direitos especiais de saque (DES). Assim, a operação apenas alterará a composição das reservas internacionais do país, contribuindo para sua diversificação”, informa nota conjunta do Ministério da Fazenda e do Banco Central. Ainda de acordo com o governo, toda a compra das “notas” será ministrada pelo Banco Central.


 


Além disso, a equipe econômica ainda afirmou que o Brasil poderá se desfazer das “notas” quando desejar, tendo em vista que elas são conversíveis em moedas de liquidez internacional, se necessário. “O vencimento das notas se dá três meses após sua emissão, com renovação automática por períodos adicionais de três meses, salvo manifestação em contrário do FMI, até o prazo máximo de cinco anos. As notas auferirão juros trimestrais, baseados na taxa de juros do DES. Essa taxa de juro corresponde à média ponderada das taxas de juro de curto prazo dos EUA, Zona do Euro, Japão e Reino Unido”, completou a nota.


 


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Brasil sela acordo para emprestar US$ 10 bi ao FMI

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