– Al Gore: o ex-vice-presidente americano milita no movimento ambiental há mais de 30 anos. Ele se destacou ainda mais depois de produzir o documentário Uma Verdade Inconveniente (2006), onde mostra as conseqüências do crescimento das emissões de CO2 sobre o aquecimento global.

– Paul Watson: o “capitão”, como é conhecido, é fundador da organização Sea Shepherd, ou Pastor dos Mares, reconhecida na luta pela preservação dos oceanos e da vida marinha. Nascido em dezembro de 1950 no Canadá, Watson também é um dos fundadores do Greenpeace e liderou a organização em diversos protestos contra a caça às baleias. Deixou a organização em 1977 para, dois anos depois, fundar a Sea Sheperd, que ficou mais famosa nesta década após ter suas ações filmadas e exibidas como uma espécie de reality show ativista.

– Marina Silva: ex-ministra do Meio Ambiente e atualmente senadora pelo Partido Verde, ela é reconhecida pelo seu ativismo ambiental há mais de 30 anos, especialmente na luta por uma Amazônia sustentável. Este ano, na Noruega, ela ganhou o Prêmio Sophie em reconhecimento por seus esforços para proteger a Floresta Amazônica.

No Impact Man: Colin Beaven ficou conhecido depois de tomar uma decisão em fevereiro de 2007. Cansado de esperar por uma solução do governo e de líderes empresariais, Beaven decidiu fazer uma experiência: durante um ano, ele, sua esposa e sua filha de dois anos tentariam viver de modo a causar o menor impacto possível ao meio ambiente. Assim nascia o projeto No Impact Man. A intenção era conseguir não produzir lixo, não usar meios de transporte poluidores nem qualquer forma de energia elétrica, o que inclui desde eletrodomésticos, elevadores e metrôs. Levando em consideração que Beaven mora em Nova York, a tarefa seria difícil. Para responder a pergunta se seria possível viver dessa maneira e manter um diário sobre a aventura, Braven decidiu montar um blog. O negócio cresceu, ganhou destaque na imprensa, virou livro e documentário, sobre a façanha de um homem na tentativa de reduzir sua pegada ecológica.

– Göran Persson: primeiro-ministro da Suécia entre 1996 e 2006, Persson se destacou como um dos políticos mais ativos em questões climáticas, transformando seu país em um dos líderes mundiais em políticas ambientais, com a redução de quase 14% das emissões de gases de efeito estufa, além de estabelecer a base que permitirá a redução de 25% das emissões, até 2020, de acordo com os níveis de 1990, isso sem contar diversos incentivos fiscais para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia.

– Dorothy Stang: a missionária americana naturalizada brasileira atuava há mais de 30 anos pela preservação da floresta amazônica quando, em fevereiro de 2005, foi assassinada a tiros em uma comunidade no Pará. Sua briga era contra grandes fazendeiros que desmatam a região – seja para vender a madeira ou para abrir pastos para gado – e pela defesa do assentamento de trabalhadores em pequenas propriedades rurais dentro de projetos de desenvolvimento sustentável da floresta. (Confira o trailer do documentário sobre sua morte na lista “dez mais” de filmes ambientais da década. Clique aqui)

– Bill Gates: tudo bem que ter muito, mas muito, dinheiro ajuda, de qualquer maneira, isso não desmerece a atuação da fundação mantida pelo magnata da informática. Uma das últimas ações foi a doação de US$ 41 milhões para a organização Concern, que ajuda a combater a mortalidade infantil em paises em desenvolvimento. E essa bolada foi apenas uma das várias doações que ele já fez nos últimos anos.

– Príncipe Charles: resta uma ponta de dúvida sobre o que motivou o herdeiro ao trono britânico criar uma fundação específica, entre algumas que levam o seu nome, para preservar florestas tropicais ao redor do mundo. Pode ser que seja uma boa jogada de marketing para levantar sua desgastada imagem pública, mas o fato é que ele tem se empenhado na sua missão de espalhar um pouco de consciência ambiental por aí, sem contar suas eficientes campanhas para levantar volumosas verbas para projetos relacionados ao tema.

– Organizações ambientais: ok, organizações em si não são “personalidades”, mas sem as pessoas que fazem parte delas perderíamos muito do poder de contestação que mantém, ou pelo menos tenta manter, o equilíbrio de forças no mundo. Aproveitando que a questão ambiental estourou nos anos 00, incluímos na nossa “dez mais” algumas organizações que tiveram destaque, especialmente em nossas páginas, nos últimos anos pela sua forte atuação em defesa da natureza e também, por que não, pelas ações espetaculares e midiáticas para chamar a atenção do público para os graves problemas que acontecem ao redor do mundo. Entre elas podemos citar o Greenpeace, a WWF, o Sea Shepherd, a PETA, defesa dos animais, os brasileiros do Akatu, que fazem os bom trabalho de bastidor, e os americanos do Surfrider, que atuam na defesa das praias e mares.

– Desmond Tutu: o Arcebispo da Cidade do Cabo, de 78 anos, ficou conhecido por sua luta contra a segregação racial na África do Sul ao lado de Nelson Mandela, motivo pelo qual recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1984. E ele não parou por aí. Depois de prêmios nos anos 90, um Prêmio Gandhi da Paz em 2005, agora Tutu se envolve com a causa ambiental, transformando-se em uma das principais figuras da cúpula da ONU sobre mudança climática em Copenhague. (obs: o Dalai Lama, que aparece na foto ao lado de Tutu, só não aparece aqui pois focamos a lista na questão ambiental)


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Confira as 10 personalidades da década que querem salvar o planeta