Estava na hora. A Copa do Mundo realizada na África é o maior acerto da ‘era Joseph Blatter’. Sempre ávido por grandes exposições e muito dinheiro, o presidente da FIFA traz o evento para um país que claramente pretende chamar a atenção do mundo.

Difícil acreditar que durante tanto tempo – quase meio século – brancos e negros foram divididos. Os negros não podiam definir seu destino.
Para quem nunca esteve por aqui a expressão “minoria branca” significa muito; é minoria mesmo.

William Ernest Henley, autor de “Invictus”, conseguiu retratar esse sentimento: “Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”, dizia um dos trechos da obra.

O sul africano tenta, através do marketing, reviver os dias de “Invictus”. À época de Mandela, quando os africanos eram muito mais fortes e importantes politicamente, o time de rúgbi tinha mais potencial e apelo esportivo que o de futebol.

O que se pretende agora é outra libertação: a chance de acontecer uma transformação na economia do país, dizem os especialistas, é grande. Um milagre. Não há nenhum gol de placa que explique a representatividade de tudo que está acontecendo nesses 30 dias para a população.

Depois da África, não tenho mais dúvidas: a Copa no Brasil será muito importante para os mais diferentes segmentos. As perspectivas positivas da Copa e Olimpíada são enormes.

A FIFA parece muito consciente de que não terá a mesma organização e retorno que teria em países desenvolvidos. Não será uma Alemanha 2006. Deu vários “jeitinhos” por aqui, e pode exigir mais do Brasil, mas não há dúvidas de que será também muito flexível aos problemas que teremos na organização.

A entidade parece dar muita importância às praças esportivas. Isso explica a gigantesca preocupação com o Morumbi. Se tiver outra opção irá descartar o estádio são-paulino.

O presidente tricolor Juvenal Juvêncio que não se engane: o recente discurso do chefe da delegação Andrés Sanches, a omissão do todo poderoso Ricardo Teixeira e as atitudes da FIFA colocam o palco da abertura do Mundial de 2014 em total indefinição. Uma incógnita.

O discurso é de que transporte, hospital, estrutura, computadores, rede hoteleira têm muito peso. Mas, no fundo, quem manda no futebol tem uma preocupação: ESTÁDIO.
 
TREINO DA SELEÇÃO E COLETIVAS
 
Nesta quarta a seleção brasileira fará o treino no hotel, nada de COLETIVO. Durante o dia mandarei algumas imagens do treino e das Entrevistas Coletivas. Fique à vontade para opinar, criticar, sugerir e nos ajudar durante a Copa do Mundo.

(Colaboração: Raphael Prates)


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Copa na África, no Brasil e, principalmente, o Morumbi