O presidente da comissão de coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI), Denis Oswald, ressaltou hoje que a crise econômica não afeta a evolução das obras para os Jogos de Londres, em 2012, e se mostrou “impressionado” com seu ritmo.

“Londres está no caminho certo. Fiquei muito surpreso com a evolução na construção do Estádio Olímpico, a piscina e a Vila Olímpica”, admitiu Oswald em encontro com a imprensa hoje na capital britânica.

O dirigente e a equipe de inspetores do COI realizaram uma visita de três dias à sede dos próximos Jogos Olímpicos, que termina hoje. Durante este período, eles comprovaram o andamento das obras e se reuniram algumas vezes com o Comitê Organizador dos Jogos de Londres (Locog, em inglês).

O presidente da comissão parabenizou os organizadores pela “enérgica política comercial em busca de patrocinadores desde o início”, o que permitiu conseguir o apoio de muitas empresas e arrecadar 500 milhões de libras (cerca de 550 milhões de euros).

Apesar disso, o Governo britânico teve de usar o fundo de contingência previsto no orçamento para evitar o atraso na construção da Vila Olímpica.

“Este dinheiro provavelmente voltará aos cofres públicos quando os apartamentos da vila forem vendidos”, comentou Oswald, que defendeu o investimento nos Jogos Olímpicos apesar do contexto econômico atual. Em Londres, este valor é de 930 milhões de libras (mais de um trilhão de euros).

Os representantes do COI se mostraram também convencidos de que a cidade será capaz de sediar Jogos Olímpicos “seguros”, embora este tipo de evento traga muitos riscos. “O Reino Unido tem longa experiência na luta contra o terrorismo e conta com forças da ordem especializadas”, lembrou.

Na coletiva, o porta-voz do COI afirmou que Londres tem “muito a aprender” com a China, cuja capital, Pequim, foi palco do evento pela última vez. Uma das recomendações é distribuir as entradas para cada um dos eventos.

Oswald comentou ainda que está sendo permitida a troca de alguns ingressos para fases decisivas das modalidades às quais o país do comprador não tenha se classificado.

O representante do COI reconheceu que o trânsito será “um dos maiores desafios”, já que muitas pessoas se juntarão às mais de sete milhões de pessoas que residem na capital britânica durante o período de competições.

De acordo com Oswald, o objetivo do comitê organizador é deixar um “legado” à cidade e a seus habitantes, lembrando que o investimento nos Jogos também permitirá a melhora das infraestruturas de transporte, entre outras coisas.

O dirigente do COI apontou ainda que a criação de novos espaços esportivos estimulará a prática do esporte entre os britânicos. “Não será de um dia pro outro, mas um objetivo em longo prazo”, ressaltou.


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Crise financeira não atrapalha obras para Jogos de Londres, diz COI