Na próxima quarta-feira (13), o Departamento Geral de Defesa Civil do governo fluminense deve entregar ao presidente da Luiz Inácio Lula da Silva o Formulário de Avaliação de Danos (Avadan), que recebeu nesta semana da prefeitura de Angra dos Reis.


 


A informação foi dada neste sábado pela Coordenação de Relações Públicas da Defesa Civil municipal de Angra. O documento está sendo analisado na Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, antes de ser encaminhado à Secretaria Nacional de Defesa Civil.



O Avadan comprova a real situação do município, abalado pela forte chuva que provocou deslizamentos de terra na região, na virada do ano, causando 52 mortes, das quais 21 no Morro da Carioca, no centro da cidade, e 31 na enseada do Bananal, na Ilha Grande.


 


“É uma fotografia do desastre”, disse  a técnica da Gerência de Engenharia da Defesa Civil de Angra, Pryscila de Jesus de Sousa.


A engenheira esclareceu que o formulário valida o decreto do prefeito Tuca Jordão, que definiu a situação de calamidade pública no município.


 


De acordo com os dados do Avadan, foi identificado o nível 4 de intensidade do desastre registrado em Angra, o que significa que a catástrofe foi considerada de grande porte, explicou Pryscila. O grau de intensidade é calculado com base na Codificação de Desastres, Ameaças e Riscos (Codar), da Secretaria Nacional de Defesa Civil.


 


O Avadan é precedido de uma Notificação Preliminar de Desastres (Nopred), elaborada pelo município até 12 horas a partir do momento em que a Defesa Civil é acionada pela população sobre a ocorrência do desastre.


 


A partir daí, a Defesa Civil tem cinco dias para preencher o formulário Avadan, no qual estão  avaliados os prejuízos causados ao município pelo desastre, englobando danos  econômicos, humanos, ambientais, de serviços essenciais à população, entre outros. Mapas e fotografias acompanham o relatório da Defesa Civil municipal.


 


De acordo com o Avadan, os recursos necessários para reconstruir a cidade de Angra dos Reis alcança R$ 247 milhões. Em visita realizada esta semana à cidade, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, anunciou que o governo federal irá liberar em caráter emergencial R$ 80 milhões para obras no município.


 


A verba deverá ser utilizada na reconstrução de casas atingidas pelos deslizamentos de terra, recuperação de encostas e também na re-alocação de famílias que vivem em áreas de risco.


 


O documento da Gerência de Engenharia da Defesa Civil de Angra cita os 61 bairros em que foram registrados deslizamentos, enxurradas ou inundações bruscas em função do temporal que caiu sobre a cidade das 15 horas do dia 10 de dezembro de 2009 até as 3h30m do dia 1º de janeiro de 2010. No período, o nível pluviométrico foi de 417 mm de chuva, superior à média de todo o mês de dezembro de 2009 na região, de 225,3 mm.


 


Pryscila de Sousa informou que a população de Angra ainda se mostra  bastante sensibilizada com o ocorrido e se junta como voluntária à equipe da Defesa Civil na recuperação das áreas atingidas.“A gente precisa do apoio dos governos estadual e federal e da solidariedade das pessoas. Com esse apoio, acredito que a gente vai minimizar a situação, até que consiga sanar toda a problemática”.


 


A técnica da Defesa Civil municipal disse que a população está abalada emocionalmente devido ao alto número de  mortes e, também, pela mudança drástica do cenário em Angra, considerada uma “cidade turística e bela”.


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Defesa Civil quer entregar a Lula na quarta-feira avaliação do desastre em Angra

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