Voltado à reflexão sobre inserção do negro na sociedade brasileira, o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta sexta-feira (20/11) e celebrado desde os anos 60, foi escolhido nesta data por coincidir com a dia da morte de Zumbi dos Palmares, em novembro de 1695.

E para comemorar esta data, o VirgulaEsporte separa alguns dos principais casos de negros que romperam barreiras preconceituosas e hoje são sinônimos de sucesso no que se diz respeito a sua modalidade.

Jesse Owens

Conhecido como o homem que “desafiou” Adolf Hitler, o atleta e líder civil afro-americano James Cleveland Owens, ou simplesmente Jesse Owens, foi o precursor da superação de preconceitos raciais.

Durante os Jogos Olímpicos de 1936, realizado em Berlim, na época em que a Alemanha vivia sobre o regime Nazista, Jesse ficou conhecido mundialmente por conquistar quatro medalhas de ouro nas provas de 100 e 200 metros rasos, no revezamento 4x100m e no salto em distância.

Hitler não presenciou a vitória do norte-americano, porque antes da prova de Owens, Cornelius Johnson, um outro atleta negro, havia ganhado medalha de ouro no salto em altura, fazendo com que o líder nazista deixasse o estádio ao saber que teria que apertar a mão do vencedor.

A maior superação de Jesse Owens durante os Jogos de Berlim foi não se contrapor ao regime nazista, mas sim abalar a noção preconceituosa da nação americana no século XX.

Tiger Woods

Considerado por muitos como o melhor golfista de todos os tempos, o também norte-americano Tiger WoodsEldrick, de 32 anos, é mais uma prova de superação racial no esporte. Considerado elitista, o golfe, que por anos foi praticado por brancos, acabou se rendendo ao atleta tetracampeão do PGA Tour e do Masters, e tri do US Open e British Open. Em resumo, tornou-se o melhor golfista da atualidade.

Lewis Hamilton

O britânico Lewis Carl Dayidson Hamilton, de 24 anos, também rompeu barreiras. Foi o primeiro negro a pilotar um carro de Fórmula 1. E com sucesso: em 2008 conquistou o título da categoria, durante sua segunda temporada na elite do automobilismo.

Após participar da Fórmula 3 européia (2005) e da GP2 (2006), foi anunciado pela McLaren como o parceiro de equipe do espanhol Fernando Alonso. Empolgado com a situação, Hamilton chegou a afirmar que estava realizando o sonho de sua vida ao pilotar um carro de Fórmula 1.

Grafite

Destaque do último Campeonato Alemão com 24 anos, o atacante brasileiro Grafite vive um dos seus melhores momentos na carreira. Após sofrer com a atitude racista do argentino Desabato, durante o jogo entre São Paulo e Quilmes, válido pela Libertadores de 2005, o jogador deu a volta por cima e hoje é o grande destaque no país, que por muito tempo viveu sob o regime nazista.

Hui Ding

Um fato totalmente inusitado aconteceu em abril deste ano. Devido à globalização e às misturas étnicas, a China tem, pela primeira vez em sua história, um atleta negro defendendo seu país. Trata-se do jogador de vôlei Hui Ding.

Filho de pai negro e mãe chinesa, o atleta de 20 anos foi convocado pelo técnico Jianan Zhou para a seleção principal do país, que está no grupo A da Liga Mundial. Ainda na equipe sub-19, o atleta fez parte do grupo que conquistou o vice-campeonato.

Museu do Futebol tem programação especial no Dia da Consciência Negra

Inaugurado no dia 29 de novembro de 2008 no Estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol preparou diversas atividades focadas na história da aceitação de negros, mulatos e mestiços no futebol para ser apresentadas no dia da Consciência Negra.

Através de vídeos, fotos e experiências sensoriais, o museu tem como objetivo mostrar todas essas passagens da nossa história.

Serviço

Especial – Consciência Negra
Data: 20 de novembro (sexta-feira)
Local: Museu do Futebol – Estádio do Pacaembu
Ingressos: R$ 6,00 (com meia entrada para estudantes e idosos)
Mais detalhes em: www.museudofutebol.org.br

Clique aqui e confira também uma galeria com momentos e atos de racismo que marcaram o futebol


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Dia da Consciência Negra: os atletas que romperam as barreiras do racismo