Falando do plenário, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), respondeu às denúncias de que uma empreiteira teria arcado com os custos de dois apartamentos utilizados por sua família em São Paulo. Ele criticou o que seria uma campanha sistemática para retirá-lo do cargo, alegando que nenhuma prova foi apresentada sobre a denúncia.

Um dos apartamentos, continuou, consta na declaração do Imposto de Renda de seu filho, Zequinha Sarney, sendo que a escritura não está no nome de Zequinha porque o pagamento do imóvel não está completo. O primeiro apartamento no edifício Solar da Vila América foi comprado em 1977, para que seus filhos estudassem em São Paulo, e a compra de outros imóveis no mesmo local foi decidida por seus parentes.

Sarney ainda criticou alguns parlamentares, citando Sérgio Guerra (PSDB-PE), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Valter Pereira (PMDB-MS), porque estes criticaram o fato sem antes ouvir sua versão, sendo que Guerra, que não estava no plenário, foi defendido por Álvaro Dias (PSDB-PR), para quem o colega não julgou apressadamente, apenas pediu esclarecimentos.

O presidente do Senado também aproveitou a oportunidade para atacar o jornal O Estado de S. Paulo, que recentemente tem publicado denúncias que envolvem Sarney e seus familiares.

“É com grande tristeza que vejo ‘O Estado de S.Paulo’ hoje, depois de
uma decadência financeira que o levou a terceirizar sua administração,
terceirizar sua redação, sua experiência e sua respeitabilidade.
Transformou-se em um jornal que passou a ser, em vez de um jornal lido
e respeitável, um tablóide londrino”, comparou.

O Tribunal de
Justiça do Distrito Federal proíbe desde o início do mês o jornal “O
Estado de S. Paulo” de publicar informações sobre a Operação Boi
Barrica, da Polícia Federal, que investiga, entre outros, Fernando
Sarney, filho do presidente do Senado.

“O jornal vem se
empenhando em uma campanha sistemática contra mim, uma sistemática
nazista de acabar com a imagem da pessoa até levar para a câmara de
gás. Felizmente não temos câmara de gás no Brasil”, finalizou.


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Do plenário, José Sarney volta a rebater denúncias