Emmerson Nogueira é mineiro, mas tira suas inspirações musicais de artistas internacionais como Beatles, Creedence Clearwater e Bob Marley. Desde a década de 70, ele recria clássicos de músicos consagrados, como Black Sabbath, Pink Floyd e Supertramp.

Em 2001, o cantor apresentou para a Sony um projeto de versões acústicas de grandes clássicos, que está agora em sua quarta edição, com músicas de Sting, Elton John, Paul McCartney, Paul Simon e Seal.

Em entrevista ao Virgula Música, Emmerson fala sobre o lançamento de seu CD, planos para um possível álbum de inéditas e afirma que ainda é considerado apenas como um cover, e não como um intérprete.

Virgula: Como surgiu o projeto Versão Acústica?
Emmerson: Eu tinha um projeto pequeno, em que reunia versões acústicas de músicas internacionais, só que com a presença de uma banda. Esse versão acústica atual, que já está na quarta edição, é uma coisa solo, eu e meu violão. Apresentei a idéia em 2001 para a Sony e reformulamos juntos até chegarmos à versão atual.
 
Virgula: Como você escolheu o repertório desse versão acústica 4, que reúne músicas de Pink Floyd, Seal, Paul McCartney, Sting e Elton John?
Emmerson: Não foi difícil. Tenho vasta experiência com música internacional. O difícil é que tem muita coisa legal, que tive que deixar para uma quinta, uma sexta versão acústica. Mas esse disco reúne músicas que vão dos anos 60 aos 90, aproximadamente. Outra coisa importante na hora de escolher o que entra é a adequação à minha voz. Tem coisa que simplesmente não consigo cantar, fica ruim. Aqualung, por exemplo, sucesso da banda Jethro Tull, não rola, fica horrível. Bob Marley tem músicas geniais, mas eu simplesmente não consigo tocar!
 
Virgula: E qual música você acha que ficou mais legal?
Emmerson: Eu adorei Changes, do Black Sabbath. Não tinha teclado, mas eu mandei bala. Ficou muito boa.
 
Virgula: Você tem planos de lançar um álbum autoral?
Emmerson: Não. Não digo que eu não possa mudar de ideia no futuro, mas atualmente não existe nenhum plano para isso.
 
Virgula: E cantar em português, você pensa?
Emmerson: Também não. Até já cantei em português, mas, hoje, com minha carreira consolidada, tenho certeza de que meu público prefere me ver cantando em inglês. É o mais natural para mim, o mais gostoso.
 
Virgula: Rola um preconceito por você cantar músicas de bandas e cantores famosos? 
Emmerson:
Com certeza ainda sofro preconceito, porque as pessoas não me consideram um intérprete, e sim um cover, uma cópia. Mas sabe quem costuma falar isso? Gente que não está familiarizada com meu trabalho. Quem conhece, gosta. Não existe essa coisa de crítica construtiva. Quem critica não gosta, ponto.

Virgula: Como você cria suas versões para clássicos consagrados? Qual o processo?
Emmerson: Não planejo nada. Só isso. Escolho a música, entro no estúdio e seja o que Deus quiser. Lá surge a inspiração certo ou aquele momento que define como ficará a música.
 
Virgula: Já tem novos projetos na manga?
Emmerson: Meu próximo projeto, ainda sem data de lançamento, será o segundo DVD da minha carreira. Vou gravar em Minas Gerais e o repertório será composto pelas músicas desse CD e outras inéditas, que sobraram e tiveram que ficar de fora do álbum.


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Emmerson Nogueira fala sobre novo CD e defende o trabalho de intérprete