Entre os dias 8 e 28 de junho, escolas públicas que oferecem as séries iniciais do ensino fundamental terão que escolher os livros didáticos que serão utilizados entre 2010 e 2012. Para orientar escolas e secretarias de educação, o Ministério da Educação (MEC) vai reunir até esta quarta-feira (3) em Brasília gestores de 150 municípios do Norte e Centro-Oeste. Já foram realizados quatro encontros semelhantes em outras regiões.

Os guias que listam as obras disponíveis no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2010 já estão chegando às escolas. “Nós estamos fazendo todo esse trabalho de preparação para a escolha, orientando os gestores sobre como foi o processo de avaliação e quais as possibilidades oferecidas”, explicou a coordenadora-geral de materiais didáticos do MEC, Jane Cristina da Silva.

As obras que compõem o PNLD passam por uma série de triagens. Primeiro, as obras são pré-avaliadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e pela Secretaria de Educação Básica do MEC.

Em seguida, comissões formadas nas universidades públicas avaliam o material do ponto de vista pedagógico. Após a escolha de um conjunto de livros para cada disciplina é a vez de a escola selecionar as obras que mais se adequam ao projeto pedagógico da unidade.

Em 2008, o FNDE adquiriu 103 milhões de exemplares de livros de diferentes disciplinas, com custo de R$ 719 milhões. Atualmente, o programa do livro didático atende 31 milhões de estudantes do ensino fundamental e mais 7 milhões do ensino médio.

A representante da Secretaria de Educação do município de Planalto da Serra (MT), Valquíria Carvalho, conta que, nas escolas, professores e diretores têm muita dificuldade para escolher as obras. “O material é muito vasto, por isso essa orientação é importante. A análise tem que ser bem aprofundada para que a gente não selecione um material inadequado”, apontou.

Segundo a coordenadora-geral de materiais didáticos do MEC, para compor o programa do livro didático, o materil precisa seguir alguns critérios, entre eles não veicular informações preconceituosas ou de cunho ideológico. “A obra precisa trazer os conceitos corretos e as informações atualizadas. Também precisa ter uma coerência teórico-metodológica, ou seja, textos de apoio e atividades do livro tem que seguir a mesma linha metodológica”, explicou.


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Escolas públicas começam a escolher livros didáticos de 2010