Por volta das 10h deste sábado (17), um helicóptero da Polícia Militar foi derrubado por tiros disparados por traficantes no Rio de Janeiro. O helicóptero explodiu durante a queda e dois dos atiradores de elite da PM que ocupavam o aparelho morreram carbonizados com a explosão.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), outros três policiais ficaram feridos e o número de mortos já chega a 12. Durante operação feita no Morro do Macaco, os traficantes dispararam na hélice da aeronave, que realizou um pouso forçado em um campo de futebol do Engenho Novo.

O acidente tem relação com o intenso tiroteio que começou na madrugada deste sábado entre quadrilhas rivais das favelas Morro dos Macados e Morro São João. Durante a manhã de hoje, havia cerca de 120 policiais em operação contra a guerra entre traficantes das duas favelas.

Segundo a polícia do Rio de Janeiro, traficantes se reuniram na noite desta sexta nas favelas do Jacarezinho e de Manguinhos, e depois partiram para o Morro São João, com o objetivo de invadir o Morro dos Macacos.

CAOS

Já chegam a dez os ônibus incendiados desde a manhã de hoje em ruas próximas às favelas do Jacarezinho e da Mangueira, na zona norte do Rio. De acordo com o Rio Ônibus, o prejuízo das empresas com a perda dos dez ônibus, caso o número seja confirmado, chegaria a R$ 2,5 milhões.

Diversas vias do Rio de Janeiro estão interditadas e, de acordo com a polícia, até o momento, três suspeitos já foram presos.

“PARECIA UMA GUERRA”

Os moradores de Vila Isabel, na zona norte do Rio, afirmam que nunca viram um tiroteio tão intenso quanto o da madrugada deste sábado, quando traficantes rivais disputaram pontos de venda de drogas no Morro dos Macacos.

“Teve muito tiro aqui à noite inteira. Vi até clarão. Moro aqui há mais de 20 anos e nunca presenciei essa quantidade tiros. Parecia uma guerra de verdade, com tiros de longe e de perto, no morro todo”, contou o produtor musical Felipe Covazzoli.

Para chamar a atenção da polícia para o confronto entre os traficantes, os moradores do Morro dos Macacos atearam fogo em pneus em frente à carceragem da Polinter, em Vila Isabel, e jogaram pedras em viaturas policiais.

O delegado de plantão, Orlando Zaccone, disse que chegou a suspeitar de uma tentativa de invasão da unidade, mas concluiu que era um protesto. “Inicialmente, a informação era a de que havia possibilidade de invasão. No entanto, com a chegada da Core [Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil] entendemos que era uma forma de chamar atenção em uma das entradas favela. Após a chegada da polícia, várias famílias entraram e saíram da favela.”


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Helicóptero cai durante operação em favela do Rio de Janeiro e mata dois PMs