A inflação para as famílias que ganham até dois salários mínimos atingiu a taxa mais baixa do ano, com queda de 0,18% em outubro. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou nesta quinta-feira (12), o Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1).

De janeiro a outubro, o IPC-C1 acumula alta de 3,28%, abaixo da inflação calculada para todas as famílias pelo IPC-BR (3,42%). Nos 12 meses encerrados em outubro (índice anualizado), a taxa chegou a 4,26%, menor que a do IPC-BR (4,55%).

A deflação reflete a queda de 0,87% das despesas com os alimentos, com os quais as famílias com renda entre um de 2,5 salários mínimos comprometem 40% do orçamento. A taxa é a menor desde setembro de 2008, quando o indicador marcou deflação de 1,65%.

De setembro para outubro ficaram mais baratas as frutas (de 4,97% para -6,53%), o açúcar cristal (de 7% para -0,08%), além de aves e ovos (de -0,36% para -2,02%), exercendo as principais pressões para queda da inflação no grupo alimentos.

As famílias também economizaram com o aumento menor dos preços de vestuário (de 0,85% para 0,19%) e habitação (de 0,61% para 0,56%), puxada pela redução nas despesas com gás de botijão (2,88% para 1,34%); além da redução de despesas com produtos do grupo de despesas diversas (de 0,26% para -0,41%).

Pressionaram o IPC-C1 as despesas com saúde e cuidados pessoais (de -025% para 0,06%), educação, leitura e recreação ( 0,06% para 0,46%), puxadas pelo avanço de preços com Show Musical (de 1,32% para 8,16%), além de transportes, que avançou 0,01 ponto percentual, refletindo alta da gasolina de 0,49% para 1,81%.


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Inflação para baixa renda fecha outubro com o menor percentual do ano

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