Leonardo, atualmente no comando técnico do Milan, é o entrevistado das páginas amarelas desta semana da revista Veja. À publicação, ele, que foi revelado pelo Flamengo nos tempos áureos de Zico, atuou no São Paulo na conquista do segundo título Mundial Interclubes e foi tetracampeão com a seleção brasileira em 1994, fala que falta profissionalismo aos clubes brasileiros. E mais. Para ele, não há substituto para Ricardo Teixeira, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).


 


Leonardo assume o Milan no momento em que Kaká se transfere para o Real Madrid e Maldini, outro craque do clube milanês, pendura as chuteiras. Mas é complacente a tudo isso. “As reestruturações são comuns no futebol”, diz ele. “Na Itália, os estádios estão arrecadando um quinto do que arrecadam na Alemanha ou na Inglaterra, e os clubes gastam até 70% do orçamento com o pagamento de jogadores. Como não é possível reduzir salários, estamos reduzindo plantel”, explica. “Atletas jovens, com muita fome de jogar, terão de aparecer”, completa.


 


O novo treinador reconhece que Kaká fará muita falta ao time. E aproveita para elogiar o profissionalismo do meia brasileiro e suas características físicas. “Kaká tem uma objetividade e uma efetividade impressionantes. É fisicamente muito forte e, além disso, carismático. E olha que já mantém isso há seis anos. Uma coisa é ser fenômeno por um, dois anos. Outra é jogar no mais alto nível técnico por dez anos seguidos. E Kaká conseguirá esse feito.”


 


Sobre Ricardo Teixeira no comando da CBF, Leonardo diz não ser o cartola o responsável pela situação. “São os clubes que votam nele… O Ricardo sairia para dar lugar a quem? O fato é que não existe gestor para substituí-lo.”


 


Nos quase 20 anos de carreira, Leonardo ressalta o que o futebol lhe deu de melhor: “O futebol me proporcionou morar em diversos países e conhecer outras culturas. Morei na Espanha, no Japão, na França e na Itália”, lembra ele.


 


Leonardo morou na Espanha, onde defendeu o Valencia, no Japão, onde jogou no Kashima Antlers, na França quando vestiu a camisa do Paris Saint-Germain e na Itália, quando defendeu o Milan por sete anos e atuou como executivo por mais seis. E agora está pronto para comandar o time tecnicamente.


 


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Leonardo afirma à Veja que falta profissionalismo aos clubes brasileiros