Um chefe da Camorra (máfia napolitana) utilizava um crocodilo para intimidar empresários e fazê-los pagar a contribuição exigida por seu clã na cidade de Orta di Atella, na província de Caserta, anunciou hoje a Direção Investigativa Antimáfia da Itália (DIA).

O animal — que era usado para fazer comerciantes pagarem a contribuição obrigatória exigida pela máfia ou atender às demandas de mafiosos — foi descoberto na casa de Antonio Cristofaro no último dia 18, quando a DIA entrou na residência para procurar armas.

Além do crocodilo, os agentes encontraram um completo sistema de vigilância e um colete à prova de balas, normalmente usado por Cristofaro.

O crocodilo se alimentava de ratos e coelhos e ficava no terraço do último piso da casa, que fica em um condomínio. Após a descoberta, foi feita uma denúncia por posse ilegal de animais.

Segundo esclareceu a LAV, organização que há dez anos mantém o Observatório Zoomafia e estuda a exploração criminosa dos animais, não são poucos os episódios que ligam animais raros ou exóticos a homens da máfia.

Pitbull

Há algum tempo, policiais descobriram que o chefe da máfia de Puglia, Eugenio Palermiti, se trancou em uma gaiola e lutou com as mãos com um pitbull para demonstrar sua força.

Em 2008, o número de casos descobertos envolvendo o uso de animais para intimidar duplicou na comparação com 2007.

A LAV lembrou ainda que o tráfico ilegal de bichos exóticos tem crescido e movimenta 500 milhões de euros por ano. Já a venda de exemplares embalsamados e o tráfico para a alimentação humana movem cerca de 5 milhões de euros.


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Mafioso usava crocodilo para ameaçar empresários