Hulk. Homem-Aranha. X-Men. Homem de Ferro. Capitão América. Dá pra ficar o dia inteiro lembrando de personagens da Marvel que habitam a imaginação coletiva. Não é à toa: a Marvel é a maior grife dos quadrinhos depois da Disney (no Ocidente, já que o universo dos mangás japoneses deve ter lá seus próprios gigantes). Nesta terça-feira (11), ela completa 70 anos.

A Marvel começou modesta em 1939 com o nome de Timely. Fundada por Martin Goodman, seu gibi de estreia levava o nome de Marvel Comics. Entre os primeiros super-heróis que lançou, já constavam o Tocha Humana e Namor, o Príncipe Submarino. Em 1941, foi lançado o Capitão América, desenhado por um artista que se tornaria uma das estrelas da casa, Jack Kirby.

Mas o principal nome associado à Marvel e ao seu sucesso sempre foi Stan Lee. Stanley Lieber entrou na empresa no ano da fundação como auxiliar de escritório. Em 41, ele já tinha sido promovido editor interino da linha de revistas, posição que manteve por décadas.

Foi Stan Lee o responsável pela inovação conceitual que fez da Marvel a maior (e mais interessante) editora de quadrinhos populares dos últimos 50 anos no Ocidente. Em 1961, com a editora recém-rebatizada de Marvel, eles lançaram um grupo de super-heróis totalmente diferentes do que existia na época.

Heróis num mundo real

O Quarteto Fantástico era um grupo de “super-heróis num mundo real”. Eles tinha problemas iguais os das pessoas de verdade: viviam dramas pessoais, tinham fraquezas, crises e nóias, consequência até da sua própria “super”-condição. Numa década marcada pelo questionamento das tradições, os anos 60, personagens assim tiveram muito mais apelo do que os antigos super-heróis infalíveis e perfeitinhos (como eram os personagens da eterna concorrente da Marvel, a DC, casa do Super-Homem, Lanterna Verde e Mulher Maravilha).

A Marvel lançou então uma sequência bem-sucedida de heróis com poderes diferentes e muitos problemas em casa: X-Men, Homem de Ferro, Homem-Aranha, Surfista Prateado, Thor e Hulk. A Marvel atravessou as décadas seguintes bem de saúde (em 1991 abriu seu capital e estreou na Bolsa de Valores), mas com alguns maus momentos no caminho. O mais recente destes foi no começo desta década, quando a editora quase faliu por problemas financeiros.

Foi nesta década também que surgiram as mais bem-sucedidas adaptações da Marvel para outras mídias. Filmes do Hulk, Homem-Aranha e Homem de Ferro foram estouros mundiais de bilheteria, contribuindo muito para a Marvel sair do buraco e retomar sua força. Anos-luz de distância dos toscos desenhos “desanimados” que passavam na televisão nos anos 70 e de séries para a TV com efeitos especiais duvidosos.

Este ano, várias edições comemorativas foram lançadas para marcar o aniversário. Edições reproduzindo os primeiros números do Capitão América, Príncipe Submarino e da revista Marvel Comics foram lançados. Neste mês de agosto, todas as revistas da Marvel ganham capas alternativas, com uma moldura desenhada por Jim Cheung.

São elas: Agents of Atlas, as três edições de Amazing Spider-Man, além de Black Panther, Cable, Deadpool: Merc with a Mounth, Exiles, Guardians of the Galaxy, The Incredible Hercules, The Incredible Hulk, Hulk, Invincible Iron Man, Mighty Avengers, New Mutants, Punisher, Runaways, Uncanny X-Men, Wolverine: First Class, X-Force e X-Men: Legacy.


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Marvel celebra 70 anos com edições especiais

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